Saiba como será a vacinação simultânea contra Covid e outras doenças
Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (29/9), a nota técnica que detalha a possibilidade de multivacinação
atualizado
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O Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (29/9), a nota que detalha a possibilidade de multivacinação. Após análise da câmara técnica, a pasta decidiu acabar com o intervalo de 15 dias entre a imunização contra Covid-19 e a aplicação de outras vacinas.
A partir de agora, os pacientes poderão receber todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação no mesmo dia. A medida foi anunciada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, no início da semana.
De acordo com a pasta, a medida foi tomada “frente a necessidade de ampliação das coberturas vacinais e a minimização de oportunidades perdidas, considerando a ampla experiência prévia com a administração de múltiplas vacinas de diferentes plataformas”.
“A administração de múltiplas vacinas em apenas uma visita amplia as chances de se ter um cartão de vacinação atualizado permitindo aumentar as coberturas vacinais, proteger a população contra doenças imunopreveníveis e otimizar o uso de recursos públicos”, pontua o ministério.
A única exceção é a aplicação das vacinas tríplice viral ou tetraviral com a vacina da febre amarela em crianças menores de 2 anos de idade. Essa orientação, no entanto, já é estabelecida na rotina de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Diferentes vias de administração
De acordo com a nota técnica, ao aplicar vacinas diferentes de forma simultânea, o profissional de saúde deverá estar atento às diferentes vias de administração de cada imunizante: oral, subcutânea, intramuscular e intradérmica.
Cabe aos técnicos das unidades de saúde estabelecerem “estratégias para minimizar o risco de erros de imunização”. “Ainda eventuais erros bem como eventos adversos deverão ser notificados no e-SUS notifica na ficha de notificação de eventos adversos pós vacinação”, ressalta o ministério.
De acordo com as normas da nota técnica, cada vacina deve ser aplicada em um grupo muscular diferente. “No entanto, caso seja necessário, é possível a administração de mais de uma vacina em um mesmo grupo muscular, respeitando-se a distância de 2,5 cm entre uma vacina e a outra”, consta no documento.
Leia o documento na íntegra:
SEI_MS – 0022986058 – Nota Técnica Multivacinação by Rebeca Borges on Scribd
Queda na vacinação
O Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para bater a meta de vacinação contra a gripe em 2021. Mesmo com a campanha que começou em abril tendo sido ampliada em dois meses e aberta para a população em geral, o público-alvo alcançado até agora é de 78,8%, porcentagem menor do que nos últimos anos.
Em 2020, a imunização contra a influenza alcançou 96% do público-alvo, que inclui crianças, gestantes, puérperas, idosos, indígenas e trabalhadores da saúde. Em 2019, o órgão registrou 91% da meta.