metropoles.com

Saiba como agia empresária mineira suspeita de desvio de R$ 35 milhões

Veja o passo a passo de como a empresária mineira Samira Rodrigues fazia para desviar o dinheiro fraudando cartões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
imagem colorida socialite presa lavagem de dinheiro mg
1 de 1 imagem colorida socialite presa lavagem de dinheiro mg - Foto: Reprodução

Uma mulher da alta sociedade de Belo Horizonte (MG)  foi presa suspeita de desviar cerca de R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro, por meio de itens de luxo, como joias, relógios e bolsas. Samira Monti Bacha Rodrigues, de 40 anos, era sócia em negócios com cartões de crédito de benefícios.

Samira foi detida no próprio apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Ao todo, a polícia apreendeu cerca de R$ 15 milhões em bens. Dos 11 presos, cinco foram liberados.

A empresária fraudava cartões com um valor aproximado de R$ 600. Segundo as autoridades, Samira emitia cartões com valores superiores e embolsava a diferença. Em um único cartão em seu nome, o valor teria chegado a R$ 500 mil.

Samira recorria a agiotas para fazer o saque do dinheiro.

“Ela começou a fraudar esses cartões médicos, aumentar os limites mais ainda, cooptar novas pessoas e descobriu, nesse momento, que poderia pegar o valor dos cartões e descarregar, procurar agiotas que passam o cartão, cobram uma taxa e devolvem uma parte. Quando ela descobriu isso, passou o cartão dela, da empresa, para R$ 500 mil. Ela passa a torrar R$ 500 mil por mês e manda apagar dos sistema essa dívida”, detalhou o delegado do caso, Alex Machado, em coletiva de imprensa.

O dinheiro era utilizado para viagens internacionais e compra de joias. Samira retornava ao Brasil e vendia os itens de luxo por preços abaixo do mercado. Ela havia se associado à dona de uma joalheira para revender os itens.

De acordo com as autoridades, uma peça de R$ 200 mil trazida do exterior poderia ser revendida para a joalheira por R$ 80 mil. Isso gerava lucro para a empresária, que utilizava o dinheiro obtido pelo golpe para realizar as compras.

A empresária manipulava as planilhas da empresa para ocultar a dívida. Os valores gastos precisavam ser cobertos pelas empresas nas quais ela era sócia.

“Ela já vinha desde o início maquiando. Maquiando as planilhas, os saldos. Na hora que os sócios perguntaram pra ela: ‘Como está a empresa?’, ‘A empresa está ótima, a empresa está crescendo, ganhando dinheiro’. E com isso mantendo eles distantes do assunto”, informou o delegado ao Fantástico.

Samira também apagava os registros dos cartões que usava na fraude. No entanto, as dívidas cresceram a ponto de causar um rombo na empresa. O caso está sob investigação pela Polícia Civil, e a empresária permanece em prisão temporária domiciliar devido à condição de ser mãe de duas crianças.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?