“Saiam de suas casas”, diz prefeito de Maquiné após ciclone atingir o Sul
“Bens materiais a gente recupera. Vamos, agora, pensar nas vidas”, implorou o prefeito de Maquiné, João Marcos Bassani dos Santos
atualizado
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O prefeito de Maquiné (RS), João Marcos Bassani dos Santos (PDT), pediu, na noite dessa quinta-feira (15/6), que os habitantes do município “saiam de suas casas”, após a passagem de um ciclone extratropical na região Sul do país provocar enchentes em diversas cidades.
“Saiam de suas casas. Bens materiais a gente recupera. Vamos, agora, pensar nas vidas”, implorou o prefeito durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
No vídeo, Santos recomenda a população de áreas mais baixas se deslocar para regiões mais altas do município ou para os abrigos fornecidos pela Prefeitura. Maquiné fica no litoral gaúcho.
Veja o pedido do prefeito de Maquiné:
O prefeito disse que o vídeo é um pedido para a população com o objetivo de evitar uma possível tragédia.
Localizada no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Maquiné recebeu alerta de “grande perigo” para chuvas intensas e ventos fortes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O município registrou 254,6 mm de chuva acumulada, o maior volume do estado.
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Além disso, a Defesa Civil do estado emitiu alerta vermelho para chuvas intensas e risco de enxurradas nas regiões da Serra, do Litoral Norte e Metropolitana de Porto Alegre. Os rios Caí, Paranhana e Sinos têm possibilidade de cheias.
“Não tem equipe de Corpo de Bombeiros suficiente. Não existe mais possibilidade de ficar em locais de risco, os locais baixos”, alertou o prefeito. Segundo relatos, pessoas estão ilhadas no município.
Ainda de acordo com Santos, o centro da cidade está completamente alagado, cenário nunca visto pela população. “O centro da cidade nunca esteve assim na história do município”, declarou.
O prefeito informou que solicitou apoio ao governo do estado. Nas redes sociais, o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), destacou que as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar estão mobilizadas para “dar assistência e apoio às comunidades mais afetadas pelas chuvas”.