“Sai daqui”: funcionária de Holiday alvo de Bolsonaro terá corte no salário
Cris Bernart é servidora do gabinete de Holiday e ativista do MBL. Segundo o vereador, ela não é porta-voz do movimento
atualizado
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O vereador por São Paulo Fernando Holiday (DEM), um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), disse que o salário da sua servidora Cris Bernart, que questionou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as mortes por covid-19, terá o seu salário descontado. Após ser confrontado, o capitão da reserva expulsou a ativista do Palácio da Alvorada.
Segundo Holiday, Cris não é porta-voz do movimento, mas ele declarou seu apoio à iniciativa dela. E destacou, também, que seu salário pelo dia de hoje, como funcionária do gabinete, será descontado.
“Ela não é uma porta-voz do movimento. Mas certamente conta com nosso apoio. E, claro, ela teve seu dia de salário descontado do gabinete”, disse. Veja a cobrança:
“O senhor traiu a população”, Bolsonaro e apoiadores ignoram e expulsam mulher identificada como Cris Bernardes, que questiona presidente sobre mais de 38 mil mortes. No vídeo, ela afirma que votou e fez campanha para Bolsonaro. #BolsonaroGenocida pic.twitter.com/jG7IVvWXKc
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) June 10, 2020
Reação de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro tirou da conversa que mantém diariamente com apoiadores a ativista do MBL Cris Bernart, que o chamou a atenção sobre o número de mortos no Brasil pela pandemia do coronavírus. Ela estava no grupo de apoiadores que aguarda o presidente na porta do Palácio da Alvorada e cobrou sensibilidade do presidente sobre o assunto nesta quarta-feira (10/06).
“Nós temos hoje 38 mil famílias com mortos por causa da Covid-19. Não são 38 mil de estatística, são 38 mil pessoas que morreram, 38 mil famílias que estão chorando”, alertou. “Eu fiz campanha para o senhor, acho até que me conhece. Eu sinto que o senhor traiu nossa população”, disse Cris.