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“Sabia que ia dar m…”, disse militar envolvido na morte de perito

Suspeitos de assassinar o perito Renato Couto, dois sargentos e um cabo da Marinha prestaram depoimento na 18ª DP, no Rio de Janeiro

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Arquivo Pessoal
O policial civil Renato Couto, 41 anos, foi assassinado
1 de 1 O policial civil Renato Couto, 41 anos, foi assassinado - Foto: Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro- O dono do ferro-velho e os três militares envolvidos na morte do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, assassinado na última sexta-feira (13/5), na zona norte do Rio, prestaram depoimento na 18ª DP, e um deles disse que pensou em se jogar na água, para fugir da situação.

“Naquele momento ali, para ser sincero, eu pensei duas vezes em me jogar na água porque eu sabia que ia dar merda… Na hora que ele falou que era ‘colega’, eu sabia que o cara não era um civil, não era um ladrão”, disse o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares, de 32 anos, em depoimento ao qual o G1 teve acesso.

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O dono de ferro-velho Lourival Ferreira de Lima
Renato Couto, de 41 anos
Perito foi morto após briga em ferro-velho
O policial civil Renato Couto, 41 anos, foi assassinado ao tentar reaver material de construção que havia sido roubado
Perito assassinado no Rio de Janeiro fez homenagem para mulher e filhas em último post
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Sargento Bruno Santos de Lima, filho do dono do ferro-velho

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O dono de ferro-velho Lourival Ferreira de Lima

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Renato Couto, de 41 anos

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Perito foi morto após briga em ferro-velho

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O policial civil Renato Couto, 41 anos, foi assassinado ao tentar reaver material de construção que havia sido roubado

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Perito assassinado no Rio de Janeiro fez homenagem para mulher e filhas em último post

Reprodução/ Arquivo pessoal

 

O perito foi baleado na perna e no abdômen, e foi jogado no Rio Guandu, na Baixada Fluminense, ainda com vida, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

O corpo de Renato só foi encontrado na manhã de segunda-feira (16/5), após Manoel Vitor Silva Soares, que dirigiu a van da Marinha, indicar aos policiais da 18ª DP, onde a vítima foi jogada.

Em depoimento à polícia, Manoel revelou também que ouviu o primeiro-sargento Bruno Santos de Lima dizer que “a arma de Renato se tratava de uma ‘glock da PC’ e que iriam ganhar um dinheiro com a arma do ‘polícia’”.

Entenda o caso

Renato foi morto após tentar recuperar materiais de construção roubados da obra de sua casa no ferro-velho de Lourival Ferreira de Lima, dono do local e pai do sargento Bruno. Horas antes do crime, ele teve uma discussão com Lourival, que concordou em devolver os materiais receptados e ressarcir o prejuízo do perito no final do dia.

Veja o momento da discussão:

Foi então que o dono do ferro-velho, o filho, que é sócio do local, e mais dois militares prepararam uma emboscada para o perito. Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, e mais dois colegas de farda, o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares, foram presos na madrugada de domingo (15/5), junto com Lourival Ferreira de Lima.

Bruno é chefe do setor de transportes do primeiro distrito naval e teria usado uma van cinza, da Marinha do Brasil, para matar o perito, transportar o corpo e jogar no rio.

Em nota, a Marinha do Brasil disse que tomou conhecimento, na noite de sábado (14/05), sobre uma ocorrência, com vítima, envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval, objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum.

Os militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça. A Marinha lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares.

A Marinha reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência.

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