“Sabemos o governo e o Congresso que temos”, diz Tebet sobre gastos
Equipe econômica do governo Lula estuda um “cardápio” para corte de gastos. Tebet disse que opções não têm a ver com popularidade
atualizado
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Em reação a questionamentos feitos pelo PT e por setores da esquerda, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira (13/6) saber do governo e do Congresso Nacional que foram eleitos em 2022.
“Nós sabemos o governo que nós temos, nós sabemos o Congresso que nós temos, que foram legitimamente, democraticamente eleitos. Isso precisa ser levado em consideração”, disse Tebet, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A equipe econômica do governo Lula estuda um “cardápio” de opções para corte de gastos, que serão ainda submetidas à análise do presidente da República. “Nós estamos absolutamente sintonizados”, garantiu Haddad. Ele afirmou, na mesma entrevista, que a agenda está “ganhando tração”.
Os dois ministros salientaram a boa vontade do Congresso em avançar nessa agenda. Haddad reforçou que é “ótimo” que haja essa disposição, porque facilita o trabalho de equilibrar as contas.
Popularidade
Tebet frisou que as medidas estudadas pelas áreas técnicas não têm a ver com popularidade. Uma das alternativas colocadas, por exemplo, é a revisão dos pisos constitucionais da saúde e educação, ou seja, os gastos mínimos para essas duas áreas. Essa proposta recebeu forte avaliação negativa dentro do PT.
“Nós temos medidas que não têm a ver com popularidade ou impopularidade e que podem ser apresentadas e que vão ser apresentadas. Nós não fugimos da responsabilidade. Se fizermos chegar até a letra, como diz o ministro Haddad, até a letra Z, nós faremos. É que nós não vemos necessidade nesse momento”, afirmou a ministra.