Rui Costa: governo discutirá Ministério da Segurança Pública nesta 4ª
Governo vai debater, entre outros temas, criação do ministério da Segurança Pública em reunião na Casa Civil, com Flávio Dino e José Múcio
atualizado
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas está entre os temas que serão discutidos em reunião no Planalto, marcada para esta quarta-feira (24/10).
Na pauta, também estarão novas medidas para a área de segurança pública. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que ainda pensa em criar um ministério específico para a Segurança Pública.
“O presidente, como disse pela manhã, está refletindo, está conversando. [Ele] Teve conversa ontem com o ministro Flávio Dino [Justiça e Segurança Pública], hoje teve conversa com Jose Mucio [Defesa], amanhã nos iremos fazer reunião da Casa Civil com é José Múcio e Flávio Dino juntos”, afirmou o ministro à imprensa.
Segundo Rui Costa, a criação de um novo ministério depende de discussões realizadas entre ministros e futuros estudos sobre qual seria o conteúdo, o propósito, alcance e limitações da nova pasta, para que Lula possa tomar uma decisão.
Atualmente, a área de Segurança Pública está incluída no Ministério da Justiça, mas há uma demanda antiga de divisão da pasta, como houve no governo de Michel Temer (MDB). O ministro da Justiça, Flávio Dino, é contra a divisão.
Crise de segurança no Rio
Mais cedo, ao citar a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, Lula afirmou que ainda pensa em criar o ministério, proposta do petista durante a campanha eleitoral.
“Quando fiz a campanha, eu ia criar o Ministério da Segurança Pública. Ainda estou pensando em criar, pensando quais são as condições que você vai criar, como é que vai interagir com os estados. Porque o problema da segurança é estadual. O que nós queremos é compartilhar com os estados as soluções dos problemas”, afirmou Lula durante o programa Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (24/10).
Lula falou sobre a possível divisão da pasta logo depois de comentar a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, que nesta semana vive uma situação de caos, com ataques de milicianos.
O presidente defendeu o uso das Forças Armadas nos portos e aeroportos, para combater o crime organizado. No entanto, ele pontuou que os militares devem ajudar, mas sem uma intervenção.