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Rui Costa alfineta Bolsonaro: não há como governar “longe das pessoas”

O presidente está de férias em São Francisco do Sul, Santa Catarina, e tem sido criticado por ausência na Bahia, que sofre com enchentes

atualizado

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Governador Rui Costa
1 de 1 Governador Rui Costa - Foto: Reprodução

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), alfinetou, nesta quarta-feira (29/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela ausência na Bahia, que vem sofrendo com fortes chuvas desde o último fim de semana. O chefe do Executivo federal está em São Francisco do Sul, Santa Catarina, enquanto auxiliares tentam justificar a ausência do mandatário no estado nordestino atingido por enchentes.

Costa publicou uma série de mensagens nas redes sociais relatando sobre o que tem observado in loco nas regiões atingidas pelas fortes chuvas. Nos posts, ele destacou que “governar é cuidar de gente e não há como fazer isso longe das pessoas”.

Veja o post:

“À medida em que faço essas visitas, vou identificando, junto com a equipe técnica, as necessidades que envolvem limpeza das ruas, desapropriação de áreas para novas casas, além do acolhimento às pessoas”, acrescentou.

Desde o início da semana, ao menos cinco ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania), Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), além Marcelo Sampaio, secretário-executivo de Infraestrutura, já estiveram no estado. Alguns já retornaram a Brasília.

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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos
O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo
O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical
A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima
Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical
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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos

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O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo

Igo Estrela/Metrópoles
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O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical

Fernando Frazão/Agência Brasil
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A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima

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Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical

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Na Bahia, o sul foi a região que teve chuvas mais volumosas

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No dia 9 de dezembro, o governo do estado decretou situação de emergência para 24 cidades. O objetivo é mobilizar todo o aparato público para apoiar as ações de socorro à população

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Em alguns municípios, foram registradas inundações e as pessoas tiveram que deixar suas casas

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Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram cidades totalmente inundadas

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As mais atingidas foram Jucuruçu e Itamaraju, que ficam no sul do estado

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De acordo com Rui Costa (PT), governador da Bahia, os dois municípios "estão praticamente embaixo d'água"

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Autoridades orientam que os moradores dos locais afetados se abriguem em áreas mais altas e solicitem ajuda

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Segundo a Defesa Civil da Bahia, os temporais deixaram 26 mortos e pelo menos 60 mil pessoas desabrigadas

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Bolsonaro, de férias desde o último dia 17 de dezembro, não visitou a região e vem sendo criticado por essa ausência.

Constrangidos, auxiliares do presidente tentam justificar a ausência e vem tentando reforçar a presença do governo federal no local, independente do chefe do Executivo federal. O mandatário publicou um vídeo mostrando a entrega de mantimentos e a mensagem: “continuamos na Bahia”.

As chuvas no sul da Bahia deixaram até o momento 21 mortos, 358 feridos, 67 mil desabrigados ou desalojados e mais de 100 municípios foram afetados.

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