Rui Costa alfineta Bolsonaro: não há como governar “longe das pessoas”
O presidente está de férias em São Francisco do Sul, Santa Catarina, e tem sido criticado por ausência na Bahia, que sofre com enchentes
atualizado
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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), alfinetou, nesta quarta-feira (29/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela ausência na Bahia, que vem sofrendo com fortes chuvas desde o último fim de semana. O chefe do Executivo federal está em São Francisco do Sul, Santa Catarina, enquanto auxiliares tentam justificar a ausência do mandatário no estado nordestino atingido por enchentes.
Costa publicou uma série de mensagens nas redes sociais relatando sobre o que tem observado in loco nas regiões atingidas pelas fortes chuvas. Nos posts, ele destacou que “governar é cuidar de gente e não há como fazer isso longe das pessoas”.
Veja o post:
Governar é cuidar de gente e não há como fazer isso longe das pessoas. Estou no sul da Bahia desde domingo, visitando as cidades atingidas pelas fortes chuvas e posso afirmar que e o estrago vai além das sedes das cidades e das casas.
— Rui Costa (@costa_rui) December 29, 2021
“À medida em que faço essas visitas, vou identificando, junto com a equipe técnica, as necessidades que envolvem limpeza das ruas, desapropriação de áreas para novas casas, além do acolhimento às pessoas”, acrescentou.
Desde o início da semana, ao menos cinco ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania), Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), além Marcelo Sampaio, secretário-executivo de Infraestrutura, já estiveram no estado. Alguns já retornaram a Brasília.
Constrangidos, auxiliares do presidente tentam justificar a ausência e vem tentando reforçar a presença do governo federal no local, independente do chefe do Executivo federal. O mandatário publicou um vídeo mostrando a entrega de mantimentos e a mensagem: “continuamos na Bahia”.
As chuvas no sul da Bahia deixaram até o momento 21 mortos, 358 feridos, 67 mil desabrigados ou desalojados e mais de 100 municípios foram afetados.