Rueda: União terá “novo norte” e relação com governo será rediscutida
Presidente eleito do União Brasil, Antonio de Rueda assume em junho. Partido tem dois ministros de Estado
atualizado
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O presidente eleito do União Brasil, Antonio de Rueda, afirmou, nesta quarta-feira (13/3), que a nova executiva do partido, que assume em junho, vai deliberar sobre assuntos como a relação com o governo federal e estados de forma colegiada. A sigla tem dois ministros de Estado: Juscelino Filho (das Comunicações) e Celso Sabino (do Turismo). Além disso, o ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Goes (PDT), também é da cota do partido. Ele foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (AP).
“A partir de junho esse partido vai ter um novo norte. O norte do diálogo, da democracia, do diálogo, do colegiado”, defendeu em coletiva de imprensa feita após reunião da executiva nacional. No encontro, os membros aceitaram seguir com a representação que pode afastar o atual presidente, Luciano Bivar.
“Você pode ter certeza que esse colegiado é que vai ditar o caminho que o partido vai tomar em relação a governo, em relação a estados, é uma decisão colegiada”, continuou.
Rueda definiu as mais recentes declarações de Bivar como um “inconformismo de uma pessoa que está desequilibrada”. “Conheço ele há 25 anos e nunca vi ele desequilibrado desse jeito”, afirmou. “O partido estava acéfalo, o presidente que não exercia a presidência, não exercia democracia. A gente não conseguia mais dialogar com Luciano”, seguiu Rueda.
O encontro reuniu cerca de 50 membros do partido, como ACM Neto, Antonio de Rueda, os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Wilson Lima (Amazonas). Os ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) também estavam presentes.
De acordo com o rito processual previsto pelo estatuto do União Brasil, Bivar terá 72 horas a partir do recebimento da representação para se manifestar, antes de ser proferida a decisão cautelar do partido. Em seguida, a executiva do partido vota se concorda ou não com o pedido, Bivar tem um novo prazo de cinco dias para defesa. A decisão final sai em até 60 dias.
Os membros da sigla deliberam sobre uma representação que pede o afastamento cautelar de Bivar, com “expulsão e cancelamento de filiação contra o presidente do partido”. O documento inclui ameaças de morte feitas por Bivar ao presidente eleito do União, Antonio de Rueda e familiares, e “indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas” de Rueda e sua irmã, a tesoureira do União Brasil Maria Emília Rueda.
Rueda e Bivar brigam pela presidência do partido desde o início do ano. Na noite de segunda-feira (11/3), as casas de praia de Rueda e da irmã, tesoureira do União, foram incendiadas. Os imóveis ficam em um condomínio de Ipojuca (PE), onde Bivar também tem casa.
Na terça (12/3), a bancada do partido na Câmara se reuniu para deliberar uma resposta às mais recentes declarações de Bivar, que se recusa a deixar a presidência. Para Elmar Nascimento, líder do partido na Casa Baixa, Luciano Bivar não representa mais a sigla. “Todas as declarações, coletivas de imprensa, palavras colocadas por ele não falam pelo nosso partido, pela nossa bancada. Não nos representa”, afirmou o parlamentar.