RS registra mais duas mortes e chega a 15 por leptospirose
As duas mais recentes vítimas são homens, de 51 e 50 anos, com histórico de exposição às águas da inundação no Rio Grande do Sul
atualizado
Compartilhar notícia
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, nessa quarta-feira (5/6), mais duas mortes por leptospirose devido às enchentes que atingiram o estado desde o fim de abril. Agora, o total de óbitos pela doença é de 15.
Os dois casos mais recentes ocorreram nas cidades de Novo Hamburgo e Igrejinha. As vítimas são homens, de 51 e 50 anos, com histórico de exposição às águas da inundação. Até o momento, todas as vítimas são do gênero masculino.
Cinco mortes foram confirmadas nessa terça-feira (4/6). O dia teve mais registros desde que os óbitos começaram a surgir.
Novo Hamburgo e Porto Alegre contabilizam duas mortes por leptospirose. Os municípios de Viamão, Venâncio Aires, Cachoeirinha, Canoas, Travesseiro, São Leopoldo, Alvorada, Três Coroas, Encantado, Sapucaia do Sul, e Igrejinha registram uma vítima cada.
O estado tem 242 casos pela doença, até o momento. Quatro mortes seguem em investigação.
A doença
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria leptospira.
Os principais sintomas da fase precoce são:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas;
- Falta de apetite;
- Náuseas/vômitos.
Manifestações na fase tardia:
- Síndrome de Weil: tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias;
- Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço;
- Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica;
- Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA);
- Manifestações hemorrágicas no pulmão, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.