RS: com nível das águas baixando, número de pessoas em abrigos diminui
De sexta-feira (31/5) até este domingo (2/6), mais de 2,2 mil pessoas deixaram abrigos no Rio Grande do Sul
atualizado
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Com o nível das águas do Guaíba recuando, o número de pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul também está diminuindo. Da última sexta-feira (31/5) até este domingo (2/6), 2.267 pessoas saíram dos abrigos. De acordo com os registros da Defesa Civil do estado, o total de pessoas em abrigos neste domingo é de 37.328 pessoas, em comparação às 39.595 pessoas registradas na sexta-feira.
Apesar do número de pessoas deixando os abrigos em baixa, não se sabe quantas vão permanecer nos locais nos próximos dias. Em entrevista coletiva no mês passado, o vice-governador do estado, Gabriel Souza (MDB), disse:
“Não temos como prever daqui 30 dias quantos vão permanecer em abrigos”. Ele tomou como exemplo as enchentes no Vale do Taquari entre setembro e outubro de 2023, quando 14,3% continuavam em abrigos em um mês.
Como mostrado pelo Metrópoles, o nível do Guaíba recuou ainda mais neste domingo e atingiu 3,49 metros às 7h15, na régua da Usina da Gasômetro, em Porto Alegre, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
No sábado, o lago ficou abaixo da cota de inundação (de 3,60 metros) pela primeira vez em um mês, registrando 3,56 metros.
O recuo sinaliza que houve retorno ao leito normal e, no momento, não há risco de transbordamento. Ainda assim, o nível segue acima da cota de alerta, de 3,15 metros.
Neste ano de 2024, quando enchentes históricas atingiram o estado gaúcho, o Guaíba chegou a atingir 5,35 metros em 5 de maio, superando em muito o recorde anterior, de 1941, quando chegou a 4,74 metros.
O Rio Grande do Sul tem chuvas fracas neste domingo. Na região metropolitana de Porto Alegre, o risco hidrológico é considerado “moderado” pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O baixo risco é devido à diminuição da onda de cheia proveniente das bacias hidrográficas dos rios Jacuí, Taquari, Caí e Sinos, que estão acima da cota de alerta, porém em processo de vazante.
Medidas do governo federal para habitação
Em maio, o governo federal anunciou a suspensão de pagamentos de quem é contemplado pelo Minha Casa, Minha Vida por seis meses nas cidades que foram atingidas pelas enchentes. Além disso, o governo vai atuar na recuperação de todas as casas danificadas que se encaixem nas faixas 1 e 2 do programa habitacional.
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, destacou que em cada cidade, o auxílio acontecerá de uma forma diferente. “Nós já mandamos bloquear todos os imóveis que estavam pra ir a leilão no Banco do Brasil, na Caixa Federal, o Minha Casa, Minha Vida. Nós vamos fazer um chamamento público para as pessoas que quiserem vender imóveis pra que eles possam ser adquiridos”, disse ele no sábado (1º/6).