Rosa Weber critica falta de mulheres na cúpula do Judiciário: “Número ínfimo”
A ressalva da presidente do STF ocorre no mesmo dia em que Cristiano Zanin foi indicado por Lula para ocupar uma cadeira no STF
atualizado
Compartilhar notícia
No mesmo dia em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), indicou seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, criticou a falta de mulheres na composição do Judiciário do país, em especial nas altas Cortes.
Em reunião com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, realizada na Corte, nesta quinta-feira (1°/6) Weber ressaltou que o Judiciário brasileiro tem excelentes nomes de mulheres para ocupar cadeiras importantes, mas, mesmo assim, o número delas nas Cortes têm caído.
“No Brasil nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, afirmou.
Rosa Weber já havia demonstrado nos bastidores insatisfação nas indicações masculinas para o Tribunal Superior Eleitoral. De uma lista quádrupla, com duas mulheres e dois homens, o presidente Lula optou em escolher dois homens para as vagas de ministros efetivos da Corte Eleitoral.
TSE dá posse a 2 novos ministros e terá plenário majoritariamente masculino
Questionado pela ministra, o presidente finlandês afirmou que, atualmente, dos 18 integrantes da Corte Suprema do país, seis são mulheres. Segundo Sauli Niinistö, a partir da década de 1980, começou a aumentar o número de mulheres no Judiciário em seu país.
