Roraima é o único estado não afetado pelo apagão; entenda o motivo
Todas as unidades da Federação foram afetadas pelo blecaute desta terça, exceto Roraima, que conta com geração de energia por termelétricas
atualizado
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Roraima, na Região Norte do Brasil, é a única unidade da Federação a não ser afetada pelo apagão que deixou sem energia os demais 25 estados do país e o Distrito Federal na manhã desta terça-feira (15/8). Explica-se: a energia no estado é gerada por meio de termelétricas, que são operadas pela empresa Roraima Energia.
“Informamos que Roraima é o único estado não interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Por isso, não houve impacto”, esclarece a Roraima Energia, em nota.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que “houve uma ocorrência no SIN”, que causou a “separação elétrica” das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, com abertura das interligações entre essas áreas. As causas do problema ainda são investigadas.
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Apesar de o estado não estar ligado ao SIN, moradores da capital, Boa Vista, relataram que houve uma queda de energia na cidade. No entanto, a empresa energética esclarece que o incidente ocorreu devido à queda de dois postes da rede de distribuição no bairro Alvorada.
Além disso, em abril desde ano roraimenses ficaram cerca de cinco horas sem energia. Na época, a Roraima Energia informou que a falta de luz aconteceu devido ao desligamento geral no sistema elétrico.
Diesel, gás natural e biomassa
Até 2019 Roraima recebia energia elétrica distribuída pela Venezuela, que foi cortada devido a diversos apagões naquele país. Desde então, a luz do estado é fornecida pelas termelétricas movidas a diesel, gás natural e biomassa.
A energia de Roraima é gerada por 17 Centrais Geradoras Termelétrica (UTE) e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH).
No início deste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma ordem de serviço para iniciar as obras do Linhão Manaus-Boa Vista, que irá interligar Roraima ao SIN. Segundo o governo federal, serão investidos R$ 2,6 bilhões e a previsão de entrega é setembro de 2025.