Ronnie Lessa pesquisou CPF e endereço de Marielle dois dias antes do crime
Novas provas foram importantes para convencer ex-PM Elcio de Queiroz a realizar delação premiada. Ex-bombeiro foi preso em operação da PF
atualizado
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O ex-PM Ronnie Lessa pesquisou o CPF e o endereço da vereadora Marielle Franco, dois dias antes dela e do motorista Anderson Gomes serem assassinados.
A informação foi repassada pelo promotor Guilhermo Catramby, que investiga o caso, nesta segunda-feira (24/7).
“Na investigação, o Ministério Público conseguiu identificar que Ronnie Lessa, em um site desses de pesquisa de crédito, pesquisou especificamente o CPF de Marielle e da filha dela. A seguir, ele faz uma consulta do endereço da Marielle”, disse o promotor.
A PF deflagrou a operação Délpis nesta segunda, que levou à prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, por ter participado do crime. Além disso, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
Essa nova etapa da investigação acontece depois de a Polícia Federal entrar no caso, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Os investigadores chegaram até o nome de Suel após uma delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, que confessou a própria participação, além de confirmar o envolvimento de Lessa e informar um novo envolvido no assassinato, Suel. Élcio e Lessa já estavam presos pela morte de Marielle e Anderson.
A dupla foi executada a tiros na noite de 14 de março de 2018. O inquérito nunca foi concluído. Apenas parte do crime foi desvendado e os mandantes continuam desconhecidos.