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Ronnie Lessa diz que acordo com irmãos Brazão era de US$ 10 milhões

O ex-policial militar do Rio é apontado como o responsável pelos disparos que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes

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Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles - Foto: Reprodução

O ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa contou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que o acordo fechado com os irmãos Brazão valia cerca de US$ 10 milhões. Lessa é apontado como o atirador responsável pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Segundo Lessa, Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), deputado federal, ofereceram um loteamento no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste carioca.

“Não é uma empreitada para você chegar ali, matar uma pessoa e ganhar um dinheirinho. Não”, disse Lessa aos policiais. O vídeo da delação premiada do ex-policial militar foi revelado pelo Fantástico neste domingo (26/5).

Ronnie Lessa contou em delação premiada que Chiquinho e Domingos Brazão são os mandantes da morte de Marielle Franco. Ainda de acordo com o ex-policial, os irmãos Brazão teriam oferecido para ele e para Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, um loteamento clandestino na zona oeste do Rio, que valeria milhões de reais no futuro.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época ele falou em R$ 100 milhões, que realmente, as contas batem. R$ 100 milhões o lucro dos dois loteamentos. São 500 lotes de cada lado”, enfatizou Lessa.

“Ninguém recebe uma proposta de US$ 10 milhões simplesmente pra matar uma pessoa. Uma coisa assim impactante”, completou.

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Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco
Chiquinho Brazão
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão
Edmilson Macalé seria um suspeito-chave no caso Marielle e foi assassinado
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Socióloga e ativista foi assassinada em 14 de março de 2018

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro
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Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco

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Chiquinho Brazão

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão

Tércio Teixeira/Flickr Domingos Brazão
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Edmilson Macalé seria um suspeito-chave no caso Marielle e foi assassinado

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O policial militar Edmilson da Silva de Oliveira foi morto a tiros em 2021 em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele e Lessa trabalharam juntos.

Atualmente, Ronnie Lessa está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, ele teria efetuado os disparos que mataram Marielle e Anderson, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.

Domingos e Chiquinho, apontados por Lessa como autores intelectuais do crime, também estão presos. Chiquinho, que é deputado federal, enfrenta um processo de cassação na Câmara dos Deputados e pode perder o mandato.

Lessa também citou o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa como suposto responsável pelo planejamento da morte de Marielle Franco.

A defesa de Chiquinho Brazão afirmou ao Metrópoles que a delação de Ronnie Lessa é fantasiosa. “Não há uma única linha no processo que confirme essa delação. Tudo não passa de uma narrativa que será desconstruída”, defendeu o advogado Cleber Lopes.

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