Rondônia transfere 15 pacientes de Covid-19 por falta de médicos
Segundo a Secretaria de Saúde de Rondônia, os pacientes foram transferidos para hospitais de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS)
atualizado
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A Secretaria de Estado de Saúde (Seasau) de Rondônia informou, nesta segunda-feira (25/1), que transferiu 15 pacientes de Covid-19 para hospitais de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Segundo a Seasau, os pacientes foram transferidos por “falta profissional de médicos”. No domingo (24/1), o governador do estado, Marcos Rocha (PSL), fez um apelo aos profissionais da área da saúde para que ajudassem o quadro de funcionários dos hospitais.
“Temos equipes, mas tem uma profissão que faz grande falta: os médicos, aqueles que vão comandar essas equipes. Eu faço um apelo ao senhor doutor, a senhora doutora que, por favor, venha nos ajudar, ajudar os rondonienses porque nós temos os leitos, mas está faltando o senhor e a senhora para ajudar os demais integrantes da equipe de saúde”, disse ao portal UOL.
Em dezembro de 2020, Marcos Rocha foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do estado com Covid-19. Ao UOL, ele relembrou a situação e alertou a população, pedindo “união”.
“Eu tive essa doença, sei como ela é ruim. Eu perdi amigos, perdi ontem, inclusive, um grande amigo. Não podemos permitir que essa doença se amplie. Então, rondonienses, vamos manter a união de não disseminarmos esse vírus maldito que tem dilacerado famílias. Esse vírus não escolhe rico ou pobre; homem ou mulher; preto ou branco”, disse.
O governador afirmou que realizou, no sábado (23/1), contato com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para viabilizar a transferência dos pacientes.
A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre a transferência, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Segundo a secretaria de Saúde do estado, 117,1 mil pessoas já contraíram Covid-19 no estado. Dessas, 2,1 mil morreram por complicações da doença.
Atualmente, 579 pessoas estão internadas na rede de saúde local. Todos os leitos de UTI do estado estão ocupados. Já os leitos clínicos têm 71,5% de ocupação. De acordo com a Seasau, não há falta de oxigênio na região.