Rolou na 6ª: protestos pelo menino Miguel; Bolsonaro ameaça sair da OMS
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atualizado
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Rolou nesta sexta-feira (05/06): Mirtes Renata Santana, mãe do menino Miguel Otávio, desabafou sobre a morte da criança, que caiu do 9º andar de um prédio em Recife (PE), na última terça-feira (02/06). Ela ressalta que está “sem chão” e que quer justiça.
Protesto no Recife reuniu cerca de mil pessoas no meio da tarde. Foi a primeira manifestação na cidade desde que o isolamento social por conta da Covid-19 foi decretado, em 19 de março. O ato foi convocado por 50 entidades da sociedade civil, com concentração a partir das 13h em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça da República, bairro de Santo Antônio, região central da capital pernambucana.
Às 14h30, enfileirados e buscando manter uma distância segura entre si, rumaram gritando palavras de ordem em direção às Torres Gêmeas, no bairro vizinho de São José, onde fica o apartamento dos patrões da mãe de Miguel.
Sarí Corte Real, a patroa que deixou o menino Miguel Otávio no elevador, escreveu uma carta onde perde perdão a Mirtes:.
“Não tenho o direito de falar em dor, mas esse pesar, ainda que de forma incomparável, me acompanhará também pelo resto da vida. (…) Não há palavras para descrever o sofrimento dessa perda irreparável. Nunca, mas nunca mesmo, pude imaginar que qualquer mal pudesse acontecer a Miguel, muito menos a tragédia que se sucedeu”.
E em plena pandmeia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou romper relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) se a instituição não abandonar o que ele chamou de “viés ideológico”.
“Os Estados Unidos saiu [sic] da OMS. A gente estuda [fazer isso] no futuro. Ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou a gente sai também. Não tem que ficar gente lá de fora dando palpite aqui dentro”, declarou Bolsonaro, que acrescentou: “A OMS tem que deixar de ser uma coisa política, partidária”.
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