Rolou na 3ª: vídeo mostraria ingerência na PF e Bolsonaro diz ser fake news
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atualizado
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Rolou nesta terça-feira (12/05): as imagens da reunião ministerial do dia 22 de abril, colocadas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Mor0 como provas para confirmar as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queria interferir na Polícia Federal, foram vistas hoje na sede da instituição, no bojo das investigações do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Expressões como “devastador” e “muito ruim para Bolsonaro” foram usadas por pessoas com acesso à investigação para classificar o teor da reunião.
Fontes ligadas ao inquérito, que é conduzido pela Polícia Federal, relataram que o presidente Jair Bolsonaro afirmou querer trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro, mesmo que, para isso, tivesse que demitir o então ministro da Justiça e Segurança Pública. E complementou afirmando que familiares e amigos dele estavam sendo perseguidos e não poderiam continuar a ser “prejudicados” por investigações.
Assistiram ao vídeo o próprio Moro, seus advogados, o advogado-geral da União, José Levi, e os delegados responsáveis pelo caso.
Moro se disse satisfeito com a exibição do material. Assegura que corrobora todo os eu depoimento à PF.
Bolsonaro, por sua vez, reagiu. Disse que os vazamentos sobre as imagens não passam de “fake news”, que não usou na ruenião as palavras “Policia Federal”, “Investigações” e “superintendência” e garantiu que libera o sigilo de tudo, com exceção de assuntos que digam respeito a política internacional ou a segurança pública.
Ministros militares também prestaram depoimentos sobre o caso. Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI) e Luiz Ramos (Governo) apresentaram discursos idênticos. Braga Netto afirmou que não ouviu, na reunião, o presidente falar sobre troca da PF no Rio.
Já Heleno disse acreditar ser natural que o presidente da República queira optar por uma pessoa próxima para exercer a Direção-Geral da Polícia Federal.
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