Rolou na 2ª: confusão feita pela Saúde com dados da Covid-19 causa polêmica
Ministério da Saúde anuncia mesma atualização informada pelo Conass: nas últimas 24 horas, foram confirmados 15.654 novos casos e 679 mortes
atualizado
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Rolou nesta segunda-feira (08/06): omissão de números, divulgação de dados divergentes, críticas e muita confusão. Foi o que provocou o Ministério da Saúde com a mudança na estratégia de atualizar o cenário da Covid-19 no Brasil. Neste domingo,(07/06), a pasta liberou duas informações, bastante diferentes, com a quantidade de mortes e casos.
De acordo com o governo, o número inicial, de 1.382 óbitos, continha casos duplicados. A informação verdadeira, segundo a pasta, é que seriam 525 novos falecimentos.
As críticas não tardaram: 0 presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atacou: “Brincar com a morte é perverso”, afirmou.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta também reagiu: “O Ministério da Saúde acabou assassinando sua credibilidade com essa medida burra, tacanha de não deixar que os números cheguem à imprensa”.
Já o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro Sergio Moro comparou o governo a um “avião sem piloto”. E o diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, cobrou transparência ao Brasil e disse que as informações são importantes, principalmente, para os cidadãos.
As reações, aparentemente, surtiram efeito: o Ministério da Saúde divulgou novas informações sobre o coronavírus no país. De acordo com a pasta, nas últimas 24 horas foram confirmados 15.654 novos diagnósticos e 679 óbitos.
Os dados são iguais aos que foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) à tarde. O boletim do Conass foi criado como uma alternativa às mudanças de horário e de metodologia de divulgação implantadas pela pasta desde a última quarta-feira (03/06).
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