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Rolex em 3º pacote recebido por Bolsonaro custa cerca de R$ 340 mil

Bolsonaro recebeu do governo da Arábia Saudita conjunto de presentes que soma cerca de R$ 500 mil. Relógio Rolex é o artigo mais valioso

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1 de 1 relogio-rolex-recebido-por-bolsonaro - Foto: Reprodução

O relógio contido em um terceiro conjunto de presentes recebido por Jair Bolsonaro (PL) é da marca Rolex e está avaliado em aproximadamente R$ 340 mil. Modelo composto de ouro branco 18 quilates e cravejado de diamantes foi levado pelo ex-presidente após o fim do mandato, em dezembro de 2022.

O modelo encontrado pela reportagem em pesquisa na internet é similar ao recebido por Bolsonaro. Em um site especializado em relógios, produtos parecidos, ou seja, Rolex com diamantes, podem custar entre R$ 140 mil e R$ 800 mil.

A caixa com presentes recebida por Bolsonaro, à ocasião da viagem a Doha, no Catar, e a Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, conta com um relógio Rolex do modelo Oyster Perpetual Day-Date, que varia entre R$ 320 mil e R$ 360 mil. Além do acessório, o estojo de madeira grafado com o símbolo da Arábia Saudita apresentava uma caneta Chopard, abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe. Ao todo, os pertences alcançam a cifra de R$ 500 mil.

Diferente dos outros conjuntos de presentes, este foi recebido em mãos por Bolsonaro enquanto estava na presidência e enviado para o acervo privado, informação confirmada pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência no dia 8 de novembro de 2019. As informações são do Estadão.

Vale lembrar que Bolsonaro utilizou, na cerimônia de posse como presidente, o relógio da marca Aqua, conhecido por ser vendido em camelôs a baixo custo, variando entre R$ 20 e R$ 40. O ex-presidente ainda pôde ser visto com o acessório diversas vezes quando era deputado federal.

Entenda

Em outubro de 2021, uma comitiva do governo comandada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, retornou ao Brasil de uma viagem oficial à Arábia Saudita com joias femininas na bagagem que faziam parte de um outro conjunto de itens, diferente do que foi adicionado ao acervo pessoal de Bolsonaro.

As peças, segundo Albuquerque, foram presentes do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Somadas, as joias chegam ao valor de R$ 16,5 milhões.

As joias estavam na mochila de um assessor do então ministro. No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o assessor tentou passar pela alfândega, na fila da Receita Federal de “nada a declarar”. Pela lei, porém, ele deveria declarar os acessórios e pagar taxa de 50% sobre o valor das joias – ou seja, R$ 8,25 milhões.

Como não houve pagamento, a Receita reteve o material. O governo Bolsonaro tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios, além da chefia da Receita. Em todas essas tentativas, ninguém pagou a taxa, e as joias não foram devolvidas.

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Joias sauditas apreendidas no Aeroporto de Guarulhos com comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em 2021
Receita não liberou joias trazidas ao Brasil pelo governo Bolsonaro
Joias foram apreendidas pela Receita Federal em São Paulo
Estojo entregue ao ex-presidente Bolsonaro contendo kit com relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gol, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard
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Joias foram presente da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro

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Joias sauditas apreendidas no Aeroporto de Guarulhos com comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em 2021

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Receita não liberou joias trazidas ao Brasil pelo governo Bolsonaro

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Joias foram apreendidas pela Receita Federal em São Paulo

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Estojo entregue ao ex-presidente Bolsonaro contendo kit com relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gol, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard

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Um segundo pacote não foi interceptado pela Receita, mas também estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021, em missão oficial, e, do mesmo modo, seria um presente do governo saudita.

O pacote inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Publicamente, não há estimativa ou avaliação de valores desse outro lote de joias. Bolsonaro afirmou que o presente estava com ele. A partir daí, questionou-se, também, outros presentes, como armas, recebidos e guardados pelo ex-presidente.

Na última sexta-feira (24/3), a defesa de Bolsonaro entregou joias e armas que o ex-mandatário ganhou de autoridades árabes e incorporou a seu acervo pessoal.

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