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Rocha Loures é transferido da Papuda para a superintendência da PF

Preso desde 7/6, o ex-deputado havia solicitado o retorno à carceragem, onde ficou inicialmente detido. Ele alega que sua vida corre risco

atualizado

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ANDRÉ COELHO/Agência O Globo
rodrigo rocha loures
1 de 1 rodrigo rocha loures - Foto: ANDRÉ COELHO/Agência O Globo

O ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi transferido nesta quarta-feira (14/6) do presídio da Papuda para o prédio da superintendência da Polícia Federal, em Brasília. As informações são do G1.

Preso desde o último dia 7, Rocha Loures havia solicitado o retorno à carceragem da PF, onde ficou inicialmente detido. Ele alegava risco à sua vida para justificar o pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, a defesa do ex-parlamentar apontava “ameaças diretas e indiretas” ao cliente, por causa de especulações na mídia de que ele poderia fechar acordo de delação premiada.

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O ex-deputado furou fila ao conseguir uma tornozeleira eletrônica

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Brizza Cavalcante/Agência Câmara
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Kacio Pacheco/Metrópoles
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Reprodução/GloboNews
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O presidente seria o destinatário da propina que Loures levava em uma mala

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Loures é um político muito próximo a Michel Temer

Divulgação

Na terça (13), o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a transferência.

Prisão
Loures foi filmado pela PF ao sair de uma pizzaria em São Paulo enquanto carregava uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS — 10 mil notas de R$ 50. Sua prisão foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acatada por Fachin.

Segundo Joesley Batista, dono do grupo JBS, o ex-assessor de Temer foi indicado pelo próprio presidente como interlocutor nos temas de interesse dos executivos do grupo. Após Temer indicá-lo como pessoa de confiança, Loures foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo do grupo.

A prisão de Loures chegou a ser negada por Fachin. O magistrado havia alegado a imunidade parlamentar do peemedebista para não autorizar a prisão. O ex-assessor de Temer tinha assumido o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR), que passara a titular do Ministério da Justiça. Após ser demitido, Serraglio decidiu recusar a oferta de Temer para virar ministro da Transparência e reassumiu o seu posto na Câmara.

Com isso, Rocha Loures perdeu o mandato e, consequentemente, a prerrogativa do foro privilegiado. Janot, então, solicitou a reconsideração sobre a prisão do aliado de Temer na semana passada, o que foi acatado. O procurador pediu novamente a prisão tanto de Rocha Loures quanto do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

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