Rocha Loures é transferido da Papuda para a superintendência da PF
Preso desde 7/6, o ex-deputado havia solicitado o retorno à carceragem, onde ficou inicialmente detido. Ele alega que sua vida corre risco
atualizado
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O ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi transferido nesta quarta-feira (14/6) do presídio da Papuda para o prédio da superintendência da Polícia Federal, em Brasília. As informações são do G1.
Preso desde o último dia 7, Rocha Loures havia solicitado o retorno à carceragem da PF, onde ficou inicialmente detido. Ele alegava risco à sua vida para justificar o pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, a defesa do ex-parlamentar apontava “ameaças diretas e indiretas” ao cliente, por causa de especulações na mídia de que ele poderia fechar acordo de delação premiada.
Prisão
Loures foi filmado pela PF ao sair de uma pizzaria em São Paulo enquanto carregava uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS — 10 mil notas de R$ 50. Sua prisão foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acatada por Fachin.
Segundo Joesley Batista, dono do grupo JBS, o ex-assessor de Temer foi indicado pelo próprio presidente como interlocutor nos temas de interesse dos executivos do grupo. Após Temer indicá-lo como pessoa de confiança, Loures foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo do grupo.
A prisão de Loures chegou a ser negada por Fachin. O magistrado havia alegado a imunidade parlamentar do peemedebista para não autorizar a prisão. O ex-assessor de Temer tinha assumido o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR), que passara a titular do Ministério da Justiça. Após ser demitido, Serraglio decidiu recusar a oferta de Temer para virar ministro da Transparência e reassumiu o seu posto na Câmara.
Com isso, Rocha Loures perdeu o mandato e, consequentemente, a prerrogativa do foro privilegiado. Janot, então, solicitou a reconsideração sobre a prisão do aliado de Temer na semana passada, o que foi acatado. O procurador pediu novamente a prisão tanto de Rocha Loures quanto do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).