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Roberto Jefferson pede à Justiça transferência da prisão para hospital

De acordo com a assessoria de Roberto Jefferson, ele não consegue comer e nem se hidratar, o que o teria levado a emagrecer 15kg

atualizado

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Reprodução/O Globo/Seap RJ
Roberto Jefferson (PTB) não teve o cabelo raspado na unidade prisional
1 de 1 Roberto Jefferson (PTB) não teve o cabelo raspado na unidade prisional - Foto: Reprodução/O Globo/Seap RJ

A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson pediu à Justiça que autorize a transferência do político a um hospital particular, para que receba tratamento de saúde. Ele está preso em Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, desde 23 de outubro do ano passado.

A assessoria de Roberto Jefferson afirma que ele não consegue comer e nem se hidratar, o que o teria levado a emagrecer 15 quilos. Segundo a defesa, o pedido de transferência já foi negado uma vez, mas decidiram protocolar um novo diante da piora do quadro de saúde.

Ainda de acordo com a assessoria, Jefferson segue sem diagnóstico, mas está no ambulatório da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu 8 desde a última terça-feira (30/5).

Roberto Jefferson foi preso após atacar policiais federais com mais de 50 tiros e três granadas. À época, ele cumpria prisão domiciliar e os agentes iriam prendê-lo novamente depois que o político desrespeitou determinações da Justiça, como a de não conceder entrevistas, não receber visitas e não propagar desinformação nas redes sociais.

Em 17 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de transferência para um hospital particular para tratamento de saúde. Na decisão, no entanto, Moraes autoriza que Roberto Jefferson deixe o sistema penitenciário para realizar exames que não possam ser feitos no local.

Ação dolosa

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça contra o ex-deputado Roberto Jefferson. Para a procuradoria, o ex-presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) agiu “dolosa e conscientemente” para matar os policiais federais que tentavam prendê-lo.

O documento afirma que a dinâmica dos acontecimentos não deixa dúvidas quanto à intenção deliberada de Jefferson de tentar matar os policiais federais, “a partir de um prévio planejamento de confronto armado que poderia, inclusive, resultar em sua própria morte”.

Roberto Jefferson resistiu à prisão com o uso de granadas e tiros de fuzil. A denúncia apresentada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi considera que Jefferson “tentou matar 4 policiais federais, com o emprego de explosivos e de meio que resultou perigo comum”.

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