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RJ: vídeos mostram desespero de moradores em operação no Jacarezinho

Em vídeo publicado nas redes sociais, moradora flagra granada em uma das ruas do Jacarezinho. Operação foi deflagrada pela Polícia Civil

atualizado

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BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Tiroteio no Jacarezinho, Rio de Janeiro
1 de 1 Tiroteio no Jacarezinho, Rio de Janeiro - Foto: BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Imagens publicadas nas redes sociais mostram o desespero de moradores da Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, após a operação da Polícia Civil que deixou ao menos 25 mortos e dezenas de feridos nesta quinta-feira (6/5).

Em uma das imagens, diversas viaturas aparecem circulando nas ruas. Também é possível ouvir uma série de tiros e ver policiais correndo pelo local.  “Que Deus proteja a todos. As crianças, os trabalhadores que neste momento estão saindo para trabalhar”, pede o autor do vídeo.

Veja:

Em outra imagem que circula nas redes sociais, moradores descrevem um cenário de guerra: é possível ver duas granadas espalhadas em uma das ruas do Jacarezinho. “Uma granada na Amaro Rangel. Não sabemos se está desativada ou não. Por favor, gente. Dá uma ajudinha aqui”, pede uma mulher.

Outro vídeo mostra moradores desesperados discutindo com policiais. Nas imagens, diversas pessoas — que seriam parentes de uma das vítimas mortas durante a operação — aparecem gritando e chorando. Veja.

 

 

Também há imagens da estação de metrô Maria da Graça. No vídeo, um dos trens está parado e dezenas de passageiros aguardam do lado de fora. De acordo com o Metrô Rio, dois clientes foram atingidos na altura da estação de triagem, após o vidro da estrutura ter sido atingido por um projétil.

Confronto

Em nota, a Polícia Civil informou que a ação, batizada de Operação Exceptis, é resultado de investigação contra a organização criminosa que atua na comunidade e coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

O grupo é investigado pelo aliciamento de crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território, explorando os menores para práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, dentre outros crimes praticados na região.

O confronto interrompeu a circulação dos transportes públicos na região, além de ter provocado o fechamento de escolas e de unidades de saúde, suspendendo, entre outros serviços, a vacinação contra a Covid-19.

Pânico

Moradores, assustados, pediram socorro em entrevistas ao Bom Dia Rio, entre eles uma noiva, com cerimônia agendada para às 9h desta quinta-feira (6/5), e um morador que tenta sair de casa com a esposa, grávida, para chegar ao hospital onde será realizado o parto. O telejornal exibiu ainda imagens de criminosos armados fugindo, saltando de telhado em telhado de diversas casas.

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Tiroteio em Jacarezinho
Munição e armas apreendidas na operação
A defensora pública, Mariana Castro, aponta que dos quatro defendidos pela Defensoria Pública, três tinham mandados de prisão contra eles
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Operação contou com a participação de 250 policiais

REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Tiroteio em Jacarezinho

BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Munição e armas apreendidas na operação

Divulgação/PCRJ
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CELSO BARBOSA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A defensora pública, Mariana Castro, aponta que dos quatro defendidos pela Defensoria Pública, três tinham mandados de prisão contra eles

BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Reprodução/TV Globo
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André Frias, agente da Delegacia de Combate às drogas, foi baleado na cabeça e não resistiu

Reprodução/redes sociais

O Jacarezinho é dominado por uma das maiores facções criminosas e o território é considerado um dos mais importantes da quadrilha. São cerca de 200 policiais na ação, que conta com carros blindados da Polícia Civil e helicóptero. A ação conta ainda com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

Operações suspensas

Desde junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”. Para isso, os agentes precisam comunicar ao Ministério Público sobre o motivo da operação.

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