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RJ teve 67 chacinas em ações policiais desde 2020, diz estudo

Levantamento foi realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, que une sete organizações acadêmicas e da sociedade civil

atualizado

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Manifestantes seguram faixa escrito Não foi operação, foi chacina
1 de 1 Manifestantes seguram faixa escrito Não foi operação, foi chacina - Foto: Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Rio de Janeiro – O estado do Rio teve 67 chacinas em ações policiais no período entre 2020 e 2022, conforme aponta um levantamento feito pela Rede de Observatórios da Segurança, publicado nesta quinta-feira (18/8). Segundo a iniciativa, que une sete organizações acadêmicas e da sociedade civil, as operações foram responsáveis por 308 mortes.

“Tivemos as operações mais letais do estado no período de dois anos. Acho que o ponto central é que temos essas ações mesmo com a ADPF 635, que limita as operações policiais em favelas, em vigor até hoje. Mesmo que o STF tenha limitado, a polícia do Rio insiste nessas operações letais. Independente do controle das instituições jurídicas e democráticas imporem limites, a ação violenta continua existindo”, afirma o pesquisador Pedro Paulo Silva ao Metrópoles.

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Manifestantes acendem velas em homenagem aos mortos na ação em Jacarezinho
Manifestantes criticaram os governos de Jair Bolsonaro (sem partido) e do Rio de Janeiro
O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio
A defensora pública, Mariana Castro, aponta que dos quatro defendidos pela Defensoria Pública, três tinham mandados de prisão contra eles
Helicóptero da PM sobrevoa a comunidade
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Carro retira corpos da comunidade após ação policial no Complexo do Alemão

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Manifestantes acendem velas em homenagem aos mortos na ação em Jacarezinho

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Manifestantes criticaram os governos de Jair Bolsonaro (sem partido) e do Rio de Janeiro

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O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio

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A defensora pública, Mariana Castro, aponta que dos quatro defendidos pela Defensoria Pública, três tinham mandados de prisão contra eles

BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Helicóptero da PM sobrevoa a comunidade

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Ferido em ação na Vila Cruzeiro é levado para hospital Getúlio Vargas

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Mais de 25 pessoas morreram

Daniele Dutra/Metrópoles

Massacres no Rio

Em julho deste ano, a capital viveu o massacre do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, com 18 mortes. A ação, que foi classificada como a quarta mais letal, tinha como alvo, de acordo com as corporações, uma quadrilha de roubo de veículos.

Além disso, outras duas operações brutais foram feitas na cidade do Rio ao longo desses dois anos, a da Vila Cruzeiro, em maio deste ano, com 25 mortes, e a do Jacarezinho, em maio de 2021, a mais letal, com 28 óbitos.

O estudo feito pela Rede de Observatórios leva em consideração o período entre agosto de 2020 e julho de 2022. De acordo com a iniciativa, o estado do Rio foi o único dentre cinco analisados – Bahia, Ceará, Pernambuco e São Paulo – que não teve queda no número de ações policiais. Das 5.878 operações no estado, 614 pessoas morreram. São consideradas chacinas, segundo os pesquisadores, todas as ações com três ou mais mortes.

“Desde 2018, temos lideranças, tanto no Governo Federal, quanto no estadual, que têm narrativas coniventes com as ações violentas. Então, o que podemos analisar é que é plausível que agentes de segurança vão entender que têm uma liberdade maior para esse tipo de ação”, analisa Pedro Paulo.

Veja as operações mais letais:

1º – Jacarezinho (6 de maio de 2021) – 29 mortos

2º – Vila Cruzeiro (24 de maio de 2022) – 25 mortos

3º – Complexo do Alemão (25 de junho de 2007) – 19 mortos

4º – Complexo do Alemão – (21 de julho de 2022) – 18 mortos

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