RJ: Seap apura denúncia de tortura a presa no sistema penitenciário
Caso foi denunciado pelo advogado da vítima e pela Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim)
atualizado
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Rio de Janeiro – A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) investiga uma denúncia de tortura contra a presa Vanuza Cruz da Silva no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, zona oeste. O caso foi revelado pelo advogado da vítima Luiz Mantovani e pela Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim).
De acordo com o advogado Luiz Mantovani, em 2 de fevereiro, Vanuza foi colocada em uma cela solitária e agredida por três agentes do Grupamento de Intervenção Tática (GIT). Eles foram acionados para conter um suposto princípio de incêndio.
“Temos os exames de corpo de delito que comprova as agressões e carta de outras presas que relatam maus-tratos, inclusive com problemas de saúde”, protestou Luiz Montavani. Ele levou o caso de sua cliente à 34ª DP (Bangu) e ao Ministério Público e ainda vai entregar a carta das internas às autoridades.
No dia 15 de março, a juíza Viviane Faria, da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou atendimento médico à Vanuza que estaria com dificuldade de enxergar no olho esquerdo, sequela das agressões. Entretanto, o Montavani diz que a interna não recebeu atendimento, já a Seap informa que o procedimento foi realizado.
A VEP requisitou imagens do circuito interno de TV da unidade, que abriga 650 internas, para apurar a denúncia. Em nota, a pasta esclareceu que o caso resultou na instauração de sindicância na unidade prisional e na Corregedoria da pasta e reforçou que “não coaduna com as práticas mencionadas”.