RJ: relator da CPI da Intolerância Religiosa denuncia pastor por falas
Felippe Valadão discursou de forma preconceituosa durante o intervalo de um show pelas comemorações do aniversário de Itaboraí
atualizado
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Rio de Janeiro — O deputado estadual Átila Nunes (PSD), relator da CPI da Intolerância Religiosa no estado do Rio de Janeiro, foi mais um parlamentar que denunciou o pastor Felippe Valadão.
O religioso da Igreja Lagoinha discursou durante um evento comemorativo no município de Itaboraí, na última quinta-feira (19/5), quando atacou religiões de matrizes africanas.
“Pode matar galinha, pode fazer farofa, pode fazer o que quiser. Ainda digo mais: se prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado pela cidade”, bradou o pastor, antes de ser aplaudido.
Átila entrou com duas representações no Ministério Público do Rio de Janeiro. Uma contra Felippe Valadão e outra contra o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli. As justificativas são a disseminação de ódio religioso e uso de dinheiro público privilegiando uma religião nas comemorações do aniversário da cidade.
O deputado estadual pede que os R$ 145 mil gastos no show gospel sejam devolvidos. Átila também deseja que o prefeito de Itaboraí seja condenado no mesmo valor. O dinheiro será destinado às vítimas de intolerância religiosa.
O parlamentar procurou a Decradi, delegacia especializada em crimes de intolerância religiosa. Ele solicita que a polícia instaure um inquérito para investigar as ameaças feitas publicamente pelo pastor de fechar os terreiros de umbanda e candomblé, que funcionam em Itaboraí.
O crime de intolerância religiosa prevê pena de um a três anos de reclusão e multa.
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