RJ: quadrilha vendia drogas por delivery e aceitava criptomoedas
Foco do bando eram bairros da zona sul e a Barra da Tijuca, áreas nobres da cidade. Grupo contava até com escolta armada
atualizado
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Catorze pessoas foram presas nesta sexta-feira (17/9) por integrarem uma quadrilha de venda de drogas por meio de delivery em bairros da zona sul do Rio de Janeiro, área nobre da cidade. A Barra da Tijuca, na zona oeste, também era atendida pelo bando, que aceitava até criptomoedas como forma de pagamento para driblar as autoridades.
O Ministério Público do Rio (MPRJ), que apoiou a operação da Polícia Civil, informou que o grupo usava uma conta comercial no WhatsApp chamada “Alfafa Batutinha Best Quality Drugs” para manter contato com os clientes e receber as encomendas.
Alluan de Almeida Brito Araújo, o “Alfafa”, é apontado como líder e seria o responsável por interagir com os usuários no aplicativo de mensagens. Segundo o MP, o rapaz já havia sido preso em flagrante, em abril deste ano, no momento em que entregava 1,5 kg de maconha no Leblon, uma das localidades com o metro quadrado mais caro do Brasil.
Os clientes tinham uma variedade de opções para comprar. O jornal O Dia obteve o “menu de drogas” que era enviado pelo WhatsApp; os produtos variavam entre R$ 40 e R$ 1 mil, também a depender da quantidade comprada.
O grupo contava também com uma espécie de escolta armada, sob responsabilidade de um ex-policial militar, que acompanhava entregas de altos valores em espécie. Fuzis de grosso calibre estavam entre os equipamentos de proteção do bando, que tinha fornecedores, entregadores e pessoas responsáveis pelo estoque das drogas. Todos responderão por associação ao tráfico e alguns foram autuados por tráfico de drogas, receptação e resistência qualificada.
Embora o foco do coletivo fosse a zona sul e a Barra da Tijuca, os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em bairros não considerados nobres: Inhaúma, Campo Grande, Guaratiba, Rio Comprido, Maracanã, entre outros.