Policial confirma ter atirado em jovem morto na favela do Jacarezinho
Familiares e parentes de Jhonatan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, alegam que ele não tinha ligação com o crime e que não estava armado
atualizado
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Rio de Janeiro – Um policial militar admitiu ter atirado em Jhonatan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, na noite da última segunda-feira (25/4). O jovem foi morto na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Segundo o agente, ele agiu por legítima defesa.
Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o agente, que é cabo do Batalhão de Choque, disse ter visto Jonatan sacar uma arma da cintura após uma abordagem policial. De acordo com o depoimento obtido pelo Uol, ele estaria junto a um grupo de homens vendendo drogas.
Segundo a Polícia Militar, drogas e uma falsa arma de fogo foram apreendidas com a vítima. Testemunhas negam que o jovem tivesse ligação com o crime e que estivesse armado.
“Ele é um menino de bem, trabalhador, trabalha com a minha irmã em venda de roupas, faz entrega. Não estava trabalhando agora porque ele estava para se alistar no quartel e não podia trabalhar de carteira assinada. Agora mataram meu filho com um tiro no peito”, disse a mãe, Monique Ribeiro dos Santos, ao G1.
Em nota ao Metrópoles, a corporação disse que não foi possível prestar socorro à vítima devido a “reação de um grupo de moradores, que arremessou pedras e garrafas em direção à equipe”.
Ainda de acordo com a PM, a ocorrência foi comunicada à DHC, e um processo foi instaurado na Corregedoria Geral da SEPM para apurar o caso. Além disso, as armas empregadas na ocorrência, de acordo com a corporação, já estão à disposição da perícia.