RJ: polícia investiga se mortes de dois homens têm ligação com milícia
Em 10 dias, zona oeste do Rio teve três execuções. Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga os crimes e se vítimas eram milicianos
atualizado
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Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se dois homens encontrados mortos dentro de um carro, próximo à estação Cesarão 3 do BRT, na zona oeste da cidade, têm relação com a milícia.
As investigações são feitas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Segundo o Extra, o crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (1/3), e o local foi periciado ainda pela manhã.
Nos últimos 10 dias, três execuções com participação de milicianos deixaram cinco pessoas mortas em Santa Cruz, também na zona oeste do Rio. Dois dos assassinatos aconteceram em um intervalo menor do que 48 horas.
No terceiro caso, duas vítimas foram emboscadas e tiveram mais de cem disparos contra o carro em que estavam. Na tarde de domingo (27/2), Marcos Torres Gaspar foi assassinado ao ser confundido por homens da milícia de Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera, com um dos integrantes da quadrilha rival.
Já na madrugada desta terça-feira, milicianos do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, interceptaram a tiros um veículo que supostamente seria de dois homens do grupo de Tandera.
Moradores acionaram uma equipe do 27ºBPM (Santa Cruz), que encontrou os dois corpos carbonizados, e o Corpo de Bombeiros, para controlar o fogo. Investigadores da DHC ainda tentam identificar os dois mortos.
Terceiro ataque criminoso
No último dia 19, um ataque de criminosos com mais de 100 tiros, segundo a polícia, resultou nas mortes do miliciano Vladimir Melgaço Montenegro, o Bibi, e de Marianna Jaime da Costa, em Santa Cruz.
Bibi saía com a jovem de um baile funk, escoltado por seguranças, em comboio de quatro carros.
Segundo a polícia, a emboscada está relacionada à guerra pelo controle da maior milícia do Rio, rachada desde que Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi morto em uma ação policial em junho do ano passado. Bibi fazia parte do bando Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Ecko.