RJ: perícia não encontra sêmen em gazes usadas por médico após estupro
De acordo com o inquérito, que foi concluído na terça-feira (19/7), existe uma falha na “cadeia de custódia”
atualizado
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Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio finalizou o inquérito que apura o estupro de uma parturiente pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O documento foi remetido à Justiça.
De acordo com o jornal O Globo, no material coletado pelos técnicos de enfermagem, que armaram o flagrante, não foram encontrados resquícios de sêmen do médico. No entanto, investigadores apontam falha na “cadeia de custódia”.
Isso pode ser explicado pelo fato de o material ter passado por diversos recipientes até que chegasse à polícia, o que pode comprometer a perícia.
O inquérito aponta ainda que Giovanni demora apenas 50 segundos desde a saída do marido da vítima do centro cirúrgico para começar a estuprar a mulher. Além disso, o documento indica que o médico leva 9 minutos e 5 segundos para ejacular.
Ao todo, 19 pessoas foram ouvidas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti neste primeiro inquérito. Outros cinco casos envolvendo o médico são investigados.
Giovanni Quintella está preso preventivamente desde a última terça-feira (12/7). Na sexta-feira, dia 15, antes mesmo da conclusão do inquérito, o Ministério Público do Rio já havia denunciado o médico por estupro de vulnerável. Ele se tornou réu pelo crime.