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RJ: mulher vítima de cárcere em hospital está apodrecendo, diz polícia

Bolívar Guerrero Silva, 63, cirurgião plástico, foi preso acusado de manter paciente em cárcere privado em hospital em Duque de Caxias, RJ

atualizado

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Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva preso no Rj 1
1 de 1 Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva preso no Rj 1 - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro- A conclusão do Inquérito Policial sobre o médico Bolívar Guerrero Silva, 63, diz que há indícios que a paciente mantida em cárcere privado está apodrecendo no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio.

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Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia
Vanessa Miranda, paciente de Bolívar Guerrero, está há quase 10 anos com seio torto e dores
O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça
Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado
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Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado na Baixada Fluminense

Foto: Reprodução/TV Globo
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Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia

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Vanessa Miranda, paciente de Bolívar Guerrero, está há quase 10 anos com seio torto e dores

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O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça

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Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado

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“Há indícios claros de que a vítima está apodrecendo naquele hospital, vide as imagens em anexo, podendo já estar inclusive com infecção generalizada e à beira da morte, mas sendo mantida lá para ocultar a atividade criminosa do médico”, diz a Polícia Civil em documento enviado à Justiça.

O documento pede a prisão temporária de Bolívar e diz que durante a investigação, os funcionários não queriam que a vítima se comunicasse com a polícia, de alguma forma e por algum motivo.

O cirurgião plástico Bolívar Guerrero, 63, foi preso na tarde da última segunda-feira (18/7), acusado de manter uma paciente em cárcere privado. A vítima, de 36 anos, realizou uma abdominoplastia com o médico no início de março. Segundo a polícia, a mulher está internada desde junho deste ano, em estado grave e com várias complicações pós cirúrgicas.

Uma das testemunhas que acompanhava a vítima, disse à polícia que Bolívar e a equipe médica tentavam impedir a transferência da paciente, com ameaças:

“Bolívar, que suspeita-ser ser o dono da unidade, impede que a vítima seja transferida para qualquer outro hospital, possivelmente para tentar se safar da Justiça, corroborando haver cárcere privado da vítima, que vem sendo mantida isolada seja por chantagem do médico, que diz não usará mais a máquina de vácuo para drenagem da secreção expelida pelo corpo da vítima, talvez o que ainda a esteja mantendo viva”, diz o documento.

A vítima, que corre sério risco de morte, poderia ficar sem a máquina durante a transferência: “Caso ela seja transferida para o Hospital Federal de Ipanema, alegando que no momento da transferência não vai autorizar que a máquina de vácuo a acompanhe, o que colocaria a vida da vítima em risco”.

A Polícia Civil destacou que Bolívar já foi preso em 2010, por crimes da mesma natureza. Além de pedir a prisão temporária, a Polícia pede à Justiça a busca e apreensão do prontuário e relatório médico, a transferência da paciente, condução coercitiva dos diretores do hospital para a prestação de declarações acerca dos fatos investigados, busca e apreensão dos aparelhos celulares do médico e da médica chamada de Kelly, que teria feito a cirurgia da vítima. Quebra de sigilo dos celulares e a suspensão temporária do CRM de Bolívar.

“Considerando a gravidade dos fatos, inclusive a suspeita de tentativa de adulteração do prontuário pelo investigado, diante da protelação do envio da documentação requisitada já há 4 dias, bem como o risco à saúde e vida da paciente, ora vítima, diante do seu quadro de saúde agravado por inúmeras cirurgias, com a negativa de transferência da paciente, conforme relatado pelas testemunhas e pela própria vítima, deixando claro o objetivo de ocultação à responsabilidade penal”, diz o inquérito.

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