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RJ: mulher filma e divulga agressões de marido, oficial do Exército

Patrícia Coutinho compartilhou nas redes sociais as torturas e agressões que sofreu por três anos do marido, o tenente Gean Franque da Silva

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Mulher filma agressões de marido em casa, oficial do exército, no RJ 1
1 de 1 Mulher filma agressões de marido em casa, oficial do exército, no RJ 1 - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Rio de Janeiro- Uma mulher compartilhou em sua rede social a violência física e psicológica que sofreu pelo marido, o engenheiro e oficial do Exército Gean Franque da Silva, de 41 anos. Agredida por mais de três anos em casa, em São Gonçalo, região Metropolitana do Rio, a vítima passou a gravar os momentos da violência. Veja:

“Eu não podia falar com ninguém, com nenhum homem. Ele não me deixava dar boa tarde para as pessoas. Por qualquer coisa, qualquer motivo, ele me agredia na rua, na frente dos outros. Se alguém me olhasse, ele começava a brigar comigo, dizia que eu estava dando confiança. Ele já até me arrastou pelos cabelos na rua”, disse Patrícia Coutinho ao Metrópoles.

Em uma publicação onde mostra o rosto machucado, a comerciante de 45 anos, desabafa.

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Ela conta que por mais de três anos sofreu agressões físicas e psicológicas
A mulher passou a registrar as agressões através de vídeos para usar como prova contra o marido
Patricia Coutinho registrou o caso na Delegacia da Mulher de São Gonçalo
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Patricia Coutinho compartilhou um post em suas redes sociais para falar sobre a violência que sofreu

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Ela conta que por mais de três anos sofreu agressões físicas e psicológicas

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A mulher passou a registrar as agressões através de vídeos para usar como prova contra o marido

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Patricia Coutinho registrou o caso na Delegacia da Mulher de São Gonçalo

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“O homem que eu honrei, amei e cheguei a dizer aqui mesmo ser o homem da minha vida, que coloquei dentro da minha casa, foi o mesmo que durante mais de três anos me agrediu fisica e psicologicamente, frequentemente. Mas posso afirmar para vocês que de todos os socos, tapas, nenhuma das agressões físicas me machucavam mais do que as agressões psicológicas que eu era submetida diariamente. Os motivos? Ciúmes. Ciúmes do nada”, disse a vítima.

Patrícia conheceu o oficial do exército numa roda de samba em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Depois de dois meses, em 2019, foram morar juntos na casa dela em São Gonçalo e decidiram casar em 2020.

Segundo a vítima, as primeiras agressões foram verbais e psicológicas, e em seguida, as físicas. Patrícia passou a temer pela própria vida quando decidiu registrar a violência com um celular escondido.

“Não adianta correr para o banheiro, não. Eu vou quebrar a porta do banheiro. Aí você vai chamar a Polícia Militar. Eu vou quebrar a porta do banheiro hoje, com tudo dentro. Aí acaba de vez o casamento”, diz o marido em uma das gravações.

As agressões aconteciam com puxões de cabelo, tapas e socos na cabeça e costas. “Ele batia muito na cabeça e nas costas, que não ficavam muitas marcas. Mas todos os meus vizinhos sabiam que eu sofria agressões, eles ouviam as brigas”, disse a vítima.

Patrícia conta que o oficial do Exército, após as agressões, pedia desculpas pelas crises de ciúmes, mas não reconhecia a violência que praticava.

“Eu bato devagar para não doer. Se eu quiser machucar mesmo eu te mato”, dizia o oficial a Patrícia. “Ele batia hoje e no dia seguinte acordava como se nada tivesse acontecido”, contou a vítima.

As agressões, que eram praticamente diárias, fez com que Patrícia decidisse gravar para ter provas no futuro:

“No início eu achava que ele ia mudar, fazer terapia. Mas quando eu vi que ele não iria mudar, eu passei a gravar as cenas. A primeira vez eu filmei para mostrar a ele, para enxergar o que ele fazia. Porque ele dizia que não me batia, que não fazia nada disso. Enviei o vídeo, mas ele surtou. Começou a me xingar e me agrediu novamente”, relatou.

A decisão de chamar a polícia aconteceu no dia 13 de junho, após o Dia dos Namorados. Ela conta que o oficial do exército queria que ela postasse uma foto com ele, com uma declaração de amor. Após se negar, as agressões começaram e foi então que ela decidiu pedir ajuda.

Ela chamou a polícia, mas antes de os agentes chegarem, Gean fugiu. Patrícia registrou as agressões na Delegacia da Mulher de São Gonçalo, onde passou por exame de corpo de delito.

“A polícia demorou duas horas para chegar. Ele ainda levou 30 minutos para separar as roupas dele e ir embora. Em seguida ele foi para Angra, na casa que ele tem lá, voltou, prestou depoimento e disse que só falaria em juízo. Agora estou com medida protetiva, mas ainda não saiu o pedido de prisão. Ele acredita na impunidade, acha que não vai ser preso”, disse a vítima.

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