RJ: mulher é presa por cobrar R$ 4,3 mil em “cirurgia espiritual”
Diana Aparecida Stanesco Vuletic foi presa em uma padaria em Copacabana, zona sul do Rio, e indiciada pelos crimes de extorsão e estelionato
atualizado
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Rio de Janeiro – Agentes da 13ª DP (Ipanema) prenderam Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic acusada de extorsão e estelionato por cobrar R$ 4,3 mil para a realização de uma “cirurgia espiritual” para uma mulher, em Copacabana, na zona sul do Rio, na última quinta-feira (31/3). A polícia investiga ainda se a suspeita fez outras vítimas na região.
No currículo, Diana tem passagens pela polícia por extorsão e estelionato, calúnia, falsidade ideológica e injúria por preconceito. De acordo com o registro feito por uma vítima na delegacia, ela foi abordada por Diana Rosa quando caminhava na Rua Joana Angélica, em Ipanema, na tarde de quarta-feira (30/3).
“Você possui uma aura muito bonita”, teria afirmado Diana à vítima, querendo saber ainda se ela havia perdido o homem de sua vida. A partir dali, as duas conversaram e acabaram indo para o apartamento da acusada pelo golpe, em Copacabana, para que fosse acertado os detalhes da consulta.
Para realizar a “cirurgia espiritual” e “fechar o corpo da vítima” por causa de um trabalho, Diana exigiu ainda a compra de ovos brancos, um pano e velas. Pelo serviço, o valor foi estipulado em R$ 4.3 mil. Como a vítima alegou só dispor de R$ 1 mil, o restante foi parcelado em seis vezes.
Carga espiritual por falta de pagamento
Mas, enquanto o pagamento não fosse totalmente realizado, a vítima teria que ficar em uma espécie de ‘hospital espiritual’. Então, depois de ser liberada pela suposta curandeira, ela teria que ficar sem comer carne vermelha, ingerir bebida alcoólica e pimenta, durante três dias.
Logo depois que a vítima deixou o apartamento, Diana ligou para informar que estava em um barracão, onde realizava seus trabalhos espirituais. No local, uma menina chamada Camila teria recebido a carga espiritual da vítima. E, por isso, estava muito mal e vomitando sangue. Para que a carga espiritual não retornasse, era preciso o pagamento.
A vítima registrou o caso na delegacia. Marcou um encontro com a golpista em uma padaria em Copacabana onde Diana foi presa.
“As pessoas devem ficar atentas a abordagens nas ruas e evitar se deslocar para residência de desconhecidos, seja por qualquer motivo. Atenção para promessas realizadas por desconhecidos em via pública”, destacou o delegado Felipe Santoro.