RJ: MP pede a volta de golpistas à cadeia e denuncia grupo por fraudes
Elas ganharam liberdade na quarta-feira (28/7), com direito à festa, porque o MP não apresentou a denúncia após 20 dias de prisão
atualizado
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Rio de Janeiro – O Ministério Público (MP) denunciou, nesta quinta-feira (29/7), as cinco blogueiras golpistas por estelionato e associação criminosa — acusadas de aplicar o “golpe do cartão de crédito” — e pediu a prisão preventiva delas à Justiça. Elas, no entanto, deixaram a prisão na quarta (27) porque a denúncia não foi feita após 20 dias da detenção.
A liberdade, inclusive, foi comemorada com festa. Imagens compartilhada nas redes sociais mostraram a celebração. “As indiciadas estão presas há mais de vinte dias, ao que me leva a concluir a necessidade do relaxamento das suas prisões”, escreveu o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada, na decisão, que classificou permanência delas ilegal na cadeia.
O caso tramitou, primeiramente, na 40ª Vara Criminal. Depois, foi enviado à 1ª Vara Criminal Especializada. Só agora, o MP denunciou Yasmin Navarro, Anna Carolina de Sousa Santos, Gabriela Silva Vieira, Rayane Silva Souza e Mariana Serrano de Oliveira, presas no último dia 7 em operação da Polícia Civil.
Golpe do cartão de crédito
Segundo as investigações, as acusadas do golpe obtinham de maneira ilegal os dados bancários das vítimas e ligavam para elas para informar supostas irregularidades.
Quando a vítima acreditava que o cartão teria sido fraudado, repassava senhas e dados pessoais. Em seguida, a quadrilha mandava um motoboy à casa da pessoa para pegar o suposto cartão fraudado. Com os dados da vítima, as acusadas do golpe faziam saques, transferências, empréstimos e compras.
Advogado de Anna Carolina, a principal blogueira do grupo, Renato Darlan diz que a investigação estava caminhando para um espetáculo midiático e que havia antecipação da pena de um processo que se quer foi oferecida denúncia.
Na avaliação dele, o magistrado que concedeu o relaxamento da prisão percebeu que as acusadas não deveriam pagar pela morosidade do Estado e aplicou a lei. “Agora vamos ter a oportunidade de defender a Anna Carolina e provar sua inocência”, disse.