RJ: mães de meninos desaparecidos só aceitam mortes após teste de DNA
Para famílias, eles estão vivos. Na sexta-feira (31/7), a polícia encontrou ossos e fios de cabelo que poderiam ser das crianças que sumiram
atualizado
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Rio de Janeiro – Para as mães dos três meninos que desapareceram em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em dezembro, eles ainda estão vivos, sustenta Gislaine Kepe, do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, que assiste as famílias.
Na sexta-feira (30/7), peritos da Polícia Civil encontraram ossos e fios que podem ser cabelo humano no Rio Botas, em Belford Roxo, onde os corpos dos meninos podem ter sido arremessados em sacos plásticos a mando de traficantes da região.
Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, sumiram no dia 27 de dezembro. Eles foram vistos pela última vez em uma feira do Bairro Areia Branca, também em Belford Roxo. O material colhido, localizado em sacos pretos, será confrontado em exame de DNA com o das mães já cedidos à polícia.
“Elas só vão acreditar nas mortes se resultado do exame de DNA der positivo. Por enquanto, mantêm a esperança de eles estarem presos em cárcere privado e rechaçam a versão de que foram mortos pelos traficantes, já que os meninos eram bem conhecidos na região”, explicou Gislaine Kepe.
A ação da polícia, com o apoio do Corpo de Bombeiros, no Rio Botas ocorreu após uma testemunha, que se apresentou à polícia na última quarta-feira (28/7), ter revelado que o irmão teria recebido ordens de traficantes para dar fim aos corpos dos meninos. As crianças teriam sido agredidas e mortas por ordem do criminoso José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico.