RJ: Justiça mantém presos pai e filha que agrediram médica em hospital
A Justiça do Rio decidiu converter em preventiva a prisão em flagrante convertida de pai e filha envolvidos em briga que terminou em morte
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve presos pai e filha que agrediram uma médica em hospital da capital carioca no último domingo (16/7). A confusão é apontada como causa da morte de Arlene Marques da Silva, de 82 anos, que estava internada no local.
Em audiência realizada nesta terça-feira (18/7), André Luiz do Nascimento Soares e sua filha Samara Kiffini do Nascimento Soares, acusados de agredirem a médica Sandra Lúcia, durante plantão no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
“Na hipótese em tela, verifica-se que os custodiados foram capturados em flagrante logo após causarem danos no hospital Municipal Francisco da Silva Teles, agredirem a única médica de plantão Sandra Lúcia na unidade hospitalar no momento, além de influenciarem diretamente na morte da vítima Arlene Marques da Silva que se encontrava em estado grave”, observou o juiz Diego Fernandes Silva Santos.
No domingo, pai e filha invadiram a sala de pacientes e agrediram a médica de plantão. O ataque de fúria teria sido motivado pela demora em atender a mulher, que foi ao hospital para tratar um corte no dedo da mão esquerda.
Enquanto a médica era agredida, a idosa teve uma parada cardíaca, não foi atendida, e morreu. A filha da vítima, Elaine Marques, afirmou que ela passou mal após se assustar com a confusão.
De acordo com o processo, no momento da agressão, André estaria com a mão direita atrás da bermuda dando a entender que portava uma arma de fogo. Além disso, consta na decisão relato da médica de que o homem a teria socado no rosto mais de uma vez e a jogado no chão.
“Só quero justiça. Não pode ficar impune, por causa de um corte no dedo ele leva a vida da minha mãe. Vendo isso num hospital que tem que ter segurança, ela estava lá pra ser cuidada”, disse Elaine Marques, filha da vítima ao portal G1.
“A minha mãe viu a doutora ser agredida e passou mal. Foi assim que foi passado pra mim, que eles tiveram que largar os pacientes da sala vermelha porque o cara simulou que estava armado”, disse.
A idosa estava internada no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles, em Irajá, bairro do Rio de Janeiro (RJ), há 15 dias, após um princípio de infarto. De acordo com a família, os médicos haviam dado previsão de alta para esta semana.