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RJ: jovens dizem que motorista de app tentou sequestro e perseguição

“Ah é? Você vai ver só então”, teria dito o motorista após passageira pedir para ele cancelar corrida em São João de Meriti

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Carro usado em tentativa de sequestro e perseguição por parte de motorista de aplicativo da empresa 99 que jovens afirmam ter sofrido - Metrópoles
1 de 1 Carro usado em tentativa de sequestro e perseguição por parte de motorista de aplicativo da empresa 99 que jovens afirmam ter sofrido - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro – Duas amigas fizeram um registro de ocorrência contra um motorista do aplicativo 99, após uma corrida no último sábado (16/4), em São João de Meriti, Baixada Fluminense do Rio. Ao Metrópoles, uma vítima disse que sofreu tentativa de sequestro e a outra que foi perseguida na porta de sua casa.

Thalita Ferreira, 21, pediu um carro de app da casa da amiga, Jessica Prisciane. Em menos de 10 minutos de corrida, Thalita, que ia para casa, pediu ao motorista para fazer uma parada para buscar sua irmã, que estava em um shopping.

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Motorista foi até a casa de Jéssica no domingo. Mais dois carros ficaram parados em sua porta no domingo e na segunda
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Motorista encerrou a corrida mas não parou o veículo. A jovem teve que pular do carro

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Motorista foi até a casa de Jéssica no domingo. Mais dois carros ficaram parados em sua porta no domingo e na segunda

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Segundo a vítima, ela disse ao motorista que estava com dificuldades para incluir no aplicativo a segunda parada.

“Tinham dois caminhos, ele queria ir pela Rodovia Dutra e eu queria ir por dentro, para passarmos na porta do shopping, onde minha irmã estava. Expliquei para ele e disse que, se ficasse mais caro, não teria problema, que eu pagaria a diferença”, disse Thalita Ferreira. ao Metrópoles.

Nesse momento, o homem teria se exaltado, mudado o tom de voz e começado a bater no volante: “Fique com medo, assustada e ele disse que isso era um desrespeito ao trabalho dele, que eu não poderia pedir isso. Falei que tudo bem, que ele não era obrigado e pedi para parar mais à frente, que eu pagaria e desceria do carro. Ele disse que não e seguiu viagem”, disse a jovem.

Thalita conta que, em seguida, ele encostou o veículo, não cancelou a corrida, colocou o celular para o lado e disse: “Ah é? Então você vai ver só”. Nesse momento, ele teria feito um movimento brusco com o carro e ficado na contramão.

“Eu fiquei muito assustada, achei que fosse ser sequestrada e, assim que ele freou para não bater em outro carro, eu abri a porta e me joguei, antes de ele acelerar”, relatou Thalita. Enquanto ela corria, o motorista teria gritado: “Volta aqui”.

Thalita entrou em uma loja e ligou para o pai, que prontamente foi buscar ela e a irmã. Eles avisaram uma viatura da PM o que tinha acontecido e foram orientados a buscar ajuda em uma delegacia.

“Estou apavorada”

A passageira pediu o carro com origem no endereço da amiga, a publicitária Jessica Prisciane, 24. A colega tomou conhecimento da situação na noite de sábado. No dia seguinte, enquanto arrumava a casa, ela relata que ouviu um homem gritando no portão.

“Você é que estava ontem com uma menina, né? Eu lembro de você”,  teria dito o motorista. Na mesma hora, ela negou, já que reconheceu o homem após o relato da amiga.

“É você sim, eu lembro de você. Desce aí para buscar um negócio que sua amiga esqueceu no carro”, ele teria dito. “No mesmo instante, eu liguei para minha amiga, avisei aos vizinhos no grupo e liguei para a polícia. Não apareci mais na janela e ele ficou lá, gritando”, relata.

Minutos depois, uma viatura foi até a casa de Jéssica, que orientou que ela fizesse um registro de ocorrência. Ela, a amiga e o pai foram até a delegacia, mas a orientação dada foi que elas fizessem o B.O. on-line para anexar os prints do telefone e a foto do carro na porta da jovem.

Desde domingo, três carros pararam na porta de Jéssica, em horários diferentes e com intervalo curto de tempo. Ela acredita que o homem esteja a perseguindo.

“Não estou conseguindo trabalhar direito, ir à academia, ao mercado, estou com medo de pedir carro até pra ir a delegacia. Não estou conseguindo tocar a minha rotina porque estou morrendo de medo. Passei a noite inteira em claro, qualquer barulho de carro eu fico apavorada. Estou em constante estado de alerta. Me sinto ameaçada”, disse Jéssica ao Metrópoles.

Em nota, a assessoria do aplicativo informou à reportagem que apura o ocorrido e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, caso necessário.

O Metrópoles procurou o acusado, mas, até a conclusão da reportagem, não obteve retorno. O caso está sendo investigado pela 64ª DP, que pediu para que as vítimas retornem à delegacia para dar mais detalhes do ocorrido.

“Já estamos com os dados passados pelas vítimas e estamos tentando contato com o autor, para tentar ouvi-lo”, disse o delegado titular Bruno Enrique Menezes, à reportagem.

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