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RJ: jovem baleado por engano recebe alta após quase 3 meses internado

Caio Douglas Nascimento, de 18 anos, foi baleado na cabeça por criminosos após a mãe entrar com carro por engano na Cidade Alta, no RJ

atualizado

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Caio Douglas Nascimento,18, baleado na cabeça no dia 1º de fevereiro
1 de 1 Caio Douglas Nascimento,18, baleado na cabeça no dia 1º de fevereiro - Foto: Reprodução Instagram

Rio de Janeiro- Internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas desde o dia 1º de fevereiro, Caio Douglas Nascimento recebeu alta na manhã desta segunda-feira (25/4), dia em que completa 19 anos. Ele foi atingido na cabeça por uma bala de fuzil por criminosos da Cidade Alta, zona norte do Rio.

Caio estava dentro do carro com sua mãe, Alexsandra do Nascimento, na Cidade Alta, em Cordovil, quando foi baleado. A mãe do jovem entrou por engano em uma rua da favela e teve o carro alvejado por pelo menos três bandidos.

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Caio Douglas Nascimento, 18, foi baleado na cabeça no dia 1º de fevereiro
João Nascimento e Carolyne Fernandes, irmãos de Caio Douglas Nascimento, junto com a mãe, Alexsandra do Nascimento
Caio Douglas Nascimento e a mãe, Alexsandra, estavam juntos no tiroteio, dentro do carro
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Caio Douglas Nascimento e a mãe, Alexsandra do Nascimento, vítimas do tiroteio na zona norte do Rio

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Caio Douglas Nascimento, 18, foi baleado na cabeça no dia 1º de fevereiro

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João Nascimento e Carolyne Fernandes, irmãos de Caio Douglas Nascimento, junto com a mãe, Alexsandra do Nascimento

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Caio Douglas Nascimento e a mãe, Alexsandra, estavam juntos no tiroteio, dentro do carro

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“Estou muito feliz, agora bem mais aliviada. Para mim, o dia de hoje significa realizar um sonho. Parece que estou dormindo”, disse Alexsandra do Nascimento, ao Metrópoles.

A bala atingiu o vidro traseiro do carro, bateu no encosto do banco, pegou na cabeça do Caio e saiu pelo vidro da frente.

Caio teve uma lesão grave no lobo frontal do crânio e ficou com sequelas na parte da cognição, mas que segundo os médicos, pode ser revertida. O jovem ainda não consegue falar por causa da traqueostomia e, nesse primeiro momento, tem dificuldades em movimentar o corpo.

Uma tomografia, no entanto, mostra que o cérebro está se regenerando. “A cada mudança, ele consegue mexer uma mão, um pé e depois do tratamento ele vai conseguir ter uma vida normal, segundo os médicos. Agora ele está fortalecendo a coordenação motora para depois avançar para as pernas”, contou a Alexsandra.

Para recuperar as forças no braço e nas pernas, para voltar a andar, Caio vai continuar tendo acompanhamento em casa de uma fisioterapeuta. O rapaz vai ser acompanhado também por uma fonoaudióloga, para recuperar a fala.

Caio, a mãe e a irmã serão atendidas também por psicólogos para tratar o trauma dos últimos meses:

“Esse suporte com a fono, a fisioterapia vai ser essencial para o Caio. Espero continuar tendo o apoio deles. Vamos precisar também de atendimento psicológico. Não tivemos tempo nem de sofrer nos últimos meses. Estávamos focadas na recuperação do Caio, precisei parar de trabalhar nesse tempo e não tenho condições de custear tudo isso”, disse a mãe do jovem.

Recuperação

A evolução de Caio nos últimos meses surpreendeu toda a equipe médica. No domingo, um dia antes de receber a alta, Caio teve a traqueostomia retirada e já consegue respirar melhor.

“ Caio foi uma surpresa durante todos os dias. Um dos médicos me falou que em casa cinco atendimentos como o dele, as cinco pessoas morriam. Durante esses três meses, ele foi fora da curva. Tudo o que os médicos acharam que ele poderia não fazer, ele fez”, disse a mãe de Caio.

Ela conta que sempre acreditou na recuperação do filho, desde o primeiro dia.

“Quando Caio estava na UTI, eu ficava conversando com ele, colocava mensagem de amigos por áudio no fone de ouvido, vídeos de filmes, coisas que ele gostava e ele já estava interagindo. Desde então, continuei nesse processo. Passei a estudar e pesquisar, dei uma bolinha a ele para me responder sim ou não”, disse a mãe de Caio.

Na volta para a casa, Caio será recepcionado com um bolo de aniversário e irá receber poucas visitas até melhorar a imunidade.

O Metrópoles procurou a Polícia Civil para saber se os criminosos responsáveis por balear Caio e o carro da família já foram encontrados, mas até a conclusão da reportagem não obteve retorno.

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