RJ: jovem baleado na cabeça ao entrar em favela está 1 mês internado
Caio Douglas Nascimento, de 18 anos, foi atingido por bandidos na Cidade Alta, no Rio, após a mãe entrar por engano na comunidade.
atualizado
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Rio de Janeiro – Baleado na cabeça ao entrar por engano em uma favela do Rio de Janeiro, Caio Douglas Nascimento, de 18 anos, completou um mês internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Estadual Getúlio Vargas. O quadro de saúde do jovem continua grave.
“Um mês que para mim parecem três anos”, diz a mãe da vítima, Alexsandra do Nascimento, em entrevista ao Metrópoles.
Caio estava dentro do carro com sua mãe, na Cidade Alta, em Cordovil, zona norte do Rio, quando acabou atingido. Alexsandra entrou por engano em uma rua da favela e teve o carro alvejado por pelo menos três bandidos, no dia 1º/2.
O jovem passou por cirurgia no dia seguinte ao ocorrido. Ele continua no CTI, em estado grave e desacordado. Ao longo do mês, apresentou infecção urinária, escaras na pele e pneumonia, já controlados.
“Vou ao hospital diariamente, não está sendo fácil. Em 16 de fevereiro foi meu aniversário. O médico tirou uns sedativos, ele abriu os olhos, me reconheceu e conversamos pelo olhar”, afirmou Alexsandra, de 49 anos.
A bala atingiu o vidro traseiro do carro, bateu no encosto do banco, pegou na cabeça do Caio e saiu pelo vidro da frente. Após uma tomografia realizada na vítima, o cérebro está se regenerando.
Vaquinha online
Alexsandra trabalha com venda de seguros e precisou parar a vida nesse último mês para cuidar do filho. “Consertei o carro, tirei todo o insulfilm, mas só dirigi sozinha uma vez, até por recomendações médicas mesmo. Fui orientada a não dirigir sozinha”, disse.
Uma boa notícia é que a bala não ficou alojada, o que tem dado esperança de uma recuperação próxima: ”Estão estudando a ideia do Caio ir para a enfermaria. O desmame dos sedativos está sendo feito. Depois que ele acordar 100% é que iremos saber quais as consequências disso e o que será recuperado. Mas só semana que vem que iremos saber”, disse.
Assim como Alexsandra, a irmã de Caio também vai ao hospital diariamente para saber informações sobre o irmão.
“Nesse um mês, a nossa moradia ficou estendida no Getúlio Vargas. Estamos com muita fé na recuperação do meu irmão. Passamos por altos e baixos e hoje o Caio já tem uma evolução, uma melhora”, disse a irmã da vítima, Carolyne Fernandes, 25, à reportagem.
Como a mãe do Caio precisou dedicar seu tempo ao filho, os amigos da vítima criaram uma vaquinha (https://vaka.me/2685862) para ajudar a família.