PM “Sem Alma” pode ser comandante de novo “escritório do crime”, diz investigação
Polícia Civil chegou a realizar operação para prender o PM Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como “Sem Alma”, mas ele fugiu
atualizado
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Pelo menos cinco mortes podem ser de autoria de um novo “escritório do crime” no Rio de Janeiro, é o que revela a investigação da Polícia Civil (PC). As execuções tiveram início com a morte de um miliciano.
Um militar da ativa, o policial militar Rafael do Nascimento Dutra, lotado no Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, supostamente está à frente do grupo de assassinos.
Ele, inclusive, ganhou o apelido de “Sem Alma”, devido ao comportamento cruel, e está foragido após não ser encontrado em sua casa pela Polícia Civil, na manhã de terça-feira (18/7). Caso não seja encontrado, será considerado desertor pela corporação.
Operação
A PC também cumpriu 9 mandados de busca. Três eram direcionados para casas de policiais militares. Apenas o PM Edson Costa, do 16º Batalhão, foi preso. Dois comparsas de Sem Alma, José Ricardo Gomes Simões e George Garcia de Souza Alcovias respectivamente, já haviam sido presos anteriormente.
A PC credita Dutra como o chefe da quadrilha de matadores de aluguel, graças à investigação que teve início após o assassinato do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, em novembro do ano passado. As investigações relevaram que o PM planejou a morte de Martins por um ano, e utilizou-se de câmeras, e até um drone para acompanhar a rotina do homem.
A perícia dos fuzis utilizados no crime também revelou que as armas também foram utilizadas no assassinato do inspetor da Polícia Civil João Joel de Araújo, em maio do ano passado, e a execução de Tiago Barbosa, dentro de um carro blindado.
Agora, as investigações apuram quem foi o mandante dos assassinatos.