RJ: Inútil, diz associação de motoristas sobre botão de pânico da Uber
Recurso vai ficar disponível aos passageiros; operadores do serviço 190 receberão automaticamente dados da viagem se o botão for acionado
atualizado
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Rio de Janeiro — Depois do anúncio de que usuários da Uber poderão acionar a polícia pelo próprio aplicativo, colaboradores se mostraram contrários à decisão. O posicionamento foi apresentado pela Associação de Motoristas Particulares Autônomos (Ampa-RJ).
O diretor executivo do grupo, Denis Moura, afirmou que os condutores possuem outras reinvindicações. “Eu não vejo vantagem nenhuma. O que os motoristas querem é que o cadastro dos clientes seja feito com mais critério”, disse ao Metrópoles.
O recurso vai funcionar a partir do acionamento de um botão no aplicativo da Uber. A partir deste momento, o Centro de Controle Operacional da Polícia Militar (Cecopom) receberá um alerta automaticamente e terá a localização em tempo real.
Dados da viagem, como placa, marca, modelo e cor do veículo, além dos nomes do motorista e usuário e do telefone cadastrado, também ficarão disponíveis para a Polícia Militar.
Denis não vê praticidade na atualização. “O botão de pânico é inútil porque quando um ladrão entra no seu carro, a primeira coisa que ele rouba é seu celular. Como você vai apertar o botão de pânico?”, questionou.
A tecnologia será utilizada pela a primeira vez no Brasil e contará com fase de testes na Baixada Fluminense. Depois disso, será expandida para as demais regiões do estado do Rio.
“Se o aplicativo fizer um cadastro correto do passageiro, se obrigar o passageiro a colocar o nome verdadeiro dele, se pedir uma selfie antes da corrida e se impedir que um passageiro peça corrida para terceiros, ele traz mais segurança para o motorista”, concluiu.
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