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RJ: interventor escolhe general da ativa para Secretaria de Segurança

Anúncio será feito na terça (27/2), e mais cotado ao posto é Richard Fernandez Nunes. Antecessor se demitiu quando intervenção foi decretada

atualizado

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MILITARES NO RIO DE JANEIRO
1 de 1 MILITARES NO RIO DE JANEIRO - Foto: SOUZA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Interventor federal no Rio de Janeiro e comandante militar do Leste, o general do Exército Walter Souza Braga Netto anunciará, na próxima terça-feira (27/2), um general da ativa para comandar a Secretaria de Segurança Pública do estado. Embora ainda não haja confirmação oficial, o general de divisão Richard Fernandez Nunes é o mais cotado e deve ser o sucessor do delegado da Polícia Federal Roberto Sá. O policial pediu exoneração da chefia da pasta na semana passada, assim que o presidente Michel Temer decretou a intervenção na segurança pública do Rio.

Braga Netto passou a semana em Brasília, em despachos com a cúpula das Forças Armadas sobre o planejamento da intervenção, e tinha volta prevista para o Rio para a noite desta quinta-feira (22). Sua agenda não foi divulgada. O interventor deve continuar com a rotina de reuniões fechadas no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. Ele decidiu manter seu gabinete no local durante o prazo da intervenção, até o fim deste ano.

Auxiliares do interventor explicaram que ele passou os últimos dias levantando nomes para compor a secretaria. Por questão hierárquica e de disciplina, o militar optou por escolher generais para os postos-chave, afirmaram. Assim, militarmente, o comando da secretaria manterá a estrutura de subordinação dos demais órgãos, uma vez que o comando-geral da Polícia Militar cabe a um coronel, posto mais alto da carreira, e os batalhões são liderados por tenentes-coronéis.

De acordo com assessores, Braga Netto não decidiu ainda os nomes abaixo do secretário, nem se vai nomear generais para a chefia da Polícia Civil e o comando direto da PM e dos Bombeiros. Ele também avalia se vai convocar generais da reserva para cargos de confiança. Como boa parte da formação dos oficiais do Exército ocorre em instituições no Rio, o interventor deve montar uma equipe com vivência na cidade.

Currículo
O general Richard Fernandez Nunes é natural do Rio de Janeiro. Desde setembro de 2016, chefia a Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME), na Urca. Ele foi promovido de posto nesta semana, por tempo no cargo, passando de general de brigada para general de divisão, o chamado “três estrelas”.

Nunes formou-se em artilharia na Academia Militar das Agulhas Negras e em direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele tem mestrado em ciências militares na ECEME e foi professor da Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos. Em Madrid, na Espanha, concluiu o Curso de Altos Estudos Estratégicos no Centro Superior de Estudos da Defesa Nacional. Serviu em missão das Nações Unidas na Guatemala.

Antes da ECEME, o general coordenou ações de defesa química, biológica, radiológica e nuclear durante a Copa das Confederações Fifa 2013. Também comandou a 14ª Brigada de Infantaria Motorizada em Florianópolis (SC). Por três meses, comandou o 5º contingente da Força de Pacificação no Complexo da Maré, em 2015.

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