RJ: homem escapa duas vezes da morte em tiroteio entre vizinhos no bar
Promotor de eventos se salvou após arma do atirador, que é seu amigo, falhar: “Nascemos e crescemos juntos. Semana passada eu saí com ele”
atualizado
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Rio de Janeiro – Sobrevivente do ataque a mão armada na manhã desta terça-feira (13/7) em uma briga entre vizinhos num bar em Vigário Geral, zona norte do Rio, o promotor de eventos Paulo César Silva Motta Júnior, 40 anos, diz que não quer mais morar no bairro. “Vou descer, olhar para o lado e não vou ter meus amigos ali.”
Ao escutar os tiros e gritos de alguns dos amigos que estavam no bar, o promotor de eventos diz que saiu de casa e se deparou com três deles mortos no chão. “Tentei falar com o Fábio para saber o que estava acontecendo e ele apontou a arma para mim, apertando o gatilho duas vezes, mas a arma falhou”, relata.
Fábio, o atirador, é um guarda municipal de 46 anos, que matou três vizinhos e deixou outros três feridos em um bar da região.
Paulo conta que o guarda era seu amigo de infância: “Todos nós nascemos e crescemos juntos. Semana passada eu saí com ele. A gente sempre assistia a jogos juntos, fazia churrasco, bebia e brincava“.
Segundo relatos de testemunhas, o guarda se aborreceu com amigos em um bar, foi para casa e voltou armado.
No bairro, todos estão muito abalados com o ocorrido. “Ninguém esperava por isso, ele sempre agiu normalmente com todo mundo”, explica o promotor. “Ali é tudo uma coisa só, todo mundo se conhece. Não tem como não ficar mal”, completa.
Anderson Pinto Lourenço, 47 anos, foi uma das vítimas de Fábio. Ele foi atingido tentando socorrer os amigos e explicar o ocorrido para policiais que chegaram ao local.
As outras vítimas são André da Silva Ramos e Délcio Fernando Gonçalves, que era assessor parlamentar na Câmara Municipal. Ambos não tiveram as idades divulgadas.