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RJ: família aplicava golpe do empréstimo contra militares e servidores

Em um dos golpes, o grupo contratou um empréstimo de R$ 327.669,26 em nome de uma vítima. Os criminosos são da mesma família

atualizado

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PF/Divulgação
Quadrilha ganha R$ 82 milhões em 2 anos com câmbio ilegal e tráfico
1 de 1 Quadrilha ganha R$ 82 milhões em 2 anos com câmbio ilegal e tráfico - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), realizou, na manhã desta quinta-feira (31/10), a Operação Quéops, que tem como objetivo investigar um grupo criminoso que aplicava golpe do empréstimo consignado em militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos.

Os agentes estão nas ruas para cumprir 12 mandados de busca e apreensão contra quatro membros de uma organização criminosa. Os suspeitos, todos da mesma família, operavam o esquema por meio de 15 empresas criadas exclusivamente para aplicar o golpe.

Na operação Queops, o Gaeco/MPRJ denunciou 39 pessoas pelo crime de estelionato.

Os mandados estão sendo cumpridos na zona sul da capital fluminense, em Magé, na Baixada fluminense e em Niterói. De acordo com o MP, há também o sequestro de bens de bloqueio de ativos financeiros de R$ 1,4 milhão.

Como os criminosos atuavam

Os criminosos agiam de duas maneiras. Na primeira, convenciam a vítima a contratar um empréstimo por meio de uma instituição bancária indicada por eles. A vítima ficava com 10% do valor e transferia o restante para uma empresa ligada ao grupo, que assumia a responsabilidade pelo pagamento total do empréstimo contratado.

Na segunda modalidade, os criminosos abordavam vítimas que com empréstimos em andamento, oferecendo redução nas parcelas por meio da compra da dívida, refinanciamento ou portabilidade. Eles prometiam ainda ganho de 10% sobre o saldo devedor.

Com os dados da vítima, os criminosos faziam um novo empréstimo em nome dela. Quando o valor era creditado, a vítima, surpresa com a quantia superior ao acordado, devolvia o excedente à empresa dos criminosos. Em um dos golpes, o grupo contratou um empréstimo de R$ 327.669,26.

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