RJ: entregador mata a noiva gerente a facadas e é preso pela Polícia
Rafaela Bachmeyer Patricio, 43, estava com Michel de Souza, de 33 há apenas cinco meses. Vítima tinha colocado câmeras de segurança em casa
atualizado
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Rio de Janeiro – Uma mulher foi assassinada a facadas dentro de casa, em Inhaúma, zona norte do Rio de Janeiro, pelo próprio noivo, na terça-feira (22/3). A gerente de recursos humanos Rafaela Bachmeyer Patricio, de 43 anos, morava com o entregador Michel de Souza, de 33 anos, que foi preso um dia após o feminicídio (23/3) pela Polícia Civil.
O caso estava sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que constatou o assassinato da gerente e prendeu o autor do crime. Após matar a noiva a facadas, o entregador fugiu do local. O corpo de Rafaela foi encontrado no dia seguinte.
Os agentes foram ao local, apreenderam a arma do crime, coletaram depoimentos de testemunhas e iniciaram buscas em endereços de familiares do suspeito.
Ao saber que estava sendo procurado, Michel Souza se apresentou na delegacia. Em depoimento, ele confessou ter assassinado sua companheira após briga por razões financeiras. O acusado será encaminhado para audiência de custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Brigas constantes
A gerente de recursos humanos apareceu com pelo menos 12 facadas pelo corpo, de acordo com o jornal Extra. Rafaela foi golpeada no tórax e teve a garganta cortada. A faca utilizada no crime foi encontrada no chão, ao lado do corpo de Rafaela, perto da porta principal e suja de sangue.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi hemorragia interna causada por ação de objeto perfurante. A vítima foi enterrada na tarde dessa quarta-feira (23/3), no Cemitério da Penitência, região portuária do Rio.
Segundo a irmã de Rafaela, Fabiele Patricio, de 35, Michel nunca demonstrou ser violento. No entanto, vizinhos afirmaram para a família que as brigas seriam parte da rotina deles.
A última teria começado no sábado e na manhã desta terça, pedidos de socorro foram ouvidos. Os vizinhos acreditam que o chamado seria “só mais uma briga”:
“Rafaela dizia que tinham discussões normais de um casal, jamais imaginamos que ele seria capaz de um crime tão brutal como esse. Não demonstrava ciúmes. Mas depois do crime, ele sumiu, tirou as fotos das redes sociais e não atende mais o celular. O localizador indica que o aparelho dele foi abandonado perto da casa da minha irmã. Hoje, nós sabemos que tudo que ela passava dentro de casa não era o que ela demonstrava para a gente”, disse Fabiele ao Extra.
Câmeras instaladas
A família também desconhecia as câmeras de segurança instaladas em casa. Os parentes não sabem os motivos que levaram a gerente a instalá-las.
“Eles apreenderam uma câmera que ela colocou dentro de casa. Mas não sabemos o motivo, ela não disse nada. Eu acredito que todo o histórico de relacionamentos abusivos, com outros homens agressivos, tenha deixado a minha irmã já atenta em relação a isso. A minha irmã não vai ser só mais uma”, disse a irmã de Rafaela.