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RJ: corpos no Jacarezinho tinham faces dilaceradas e múltiplas lesões

Avaliações constam nos boletins de atendimentos médicos dos três hospitais para onde as vítimas foram levadas, já sem vida

atualizado

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BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Tiroteio em Jacarezinho, no Rio de Janeiro
1 de 1 Tiroteio em Jacarezinho, no Rio de Janeiro - Foto: BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Rio de Janeiro – Corpos com faces dilaceradas, lesões em diversas partes, algumas incompatíveis com ferimentos por disparos de armas de fogo. É o que apontam os boletins de atendimento médico de cinco dos 28 mortos na Favela do Jacarezinho, na zona norte, durante a Operação Exceptis, deflagrada na última quinta-feira (6/5) e considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro.

Nos documentos obtidos pelo G1 e que serão analisados pelos investigadores que apuram se houve execução ou abusos policiais, o médico responsável pelos atendimentos relatou, entre outras lesões, “faces dilaceradas”, “dilacerações”, ferimentos em membros inferiores compatíveis com disparos de arma de fogo e “desvios ósseos em membros superiores”.

Os boletins foram produzidos a partir da avaliação dos corpos de cinco homens levados por policiais para a Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador, a emergência do Hospital Evandro Freire. Em todos as avaliações, o médico assinala que os pacientes chegaram já “cadáveres”. O mesmo padrão foi mantido nos corpos levados para o hospitais Souza Aguiar e Salgado Filho.

Em nota, a Polícia Civil informou que “o fato de criminosos chegarem mortos à unidade hospitalar não quer dizer que não foram resgatados com vida”. A corporação alegou, ainda, que “as mortes podem ter acontecido no caminho ou na entrada ao hospital”.

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Marcas de tiros em um beco onde estão crianças no Jacarezinho
Beco com marcas de tiros no Jacarezinho
Marcas de tiros em parede perto de portão no Jacarezinho
Paredes com marcas de tiros próximo a comércio
O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio
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Felipe Ferreira Manoel, o Fred do Jacarezinho

Divulgação
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Marcas de tiros em um beco onde estão crianças no Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
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Beco com marcas de tiros no Jacarezinho

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Marcas de tiros em parede perto de portão no Jacarezinho

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Paredes com marcas de tiros próximo a comércio

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O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
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Imagens mostram banho de sangue em operação policial no Jacarezinho

Reprodução/Redes sociais
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Em algumas casas, rastro de sangue

Reprodução/Redes sociais

E acrescentou que, “sobre as circunstâncias de eventuais socorros e da retirada de corpos do cenário, os fatos serão esclarecidos durante a investigação policial que está em andamento e sendo acompanhada pelo Ministério Público”.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, entre a manhã e a tarde do dia da operação, chegaram já mortas 20 pessoas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, cinco na CER Ilha e uma no Hospital Salgado Filho, no Méier.

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