RJ: Corpo de Bombeiros pede prisão de militar que atirou em atendente
Paulo Cesar de Souza Albuquerque teria atirado no atendente do McDonald’s por causa de um cupom de desconto; CBMERJ apura o caso
atualizado
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Rio de Janeiro – O Corpo de Bombeiros do Rio pediu a prisão preventiva do sargento Paulo César de Souza Albuquerque. Ele foi filmado batendo e atirando em um atendente do McDonald’s, na Taquara, na zona oeste do Rio.
A vítima, Matheus Domingues Carvalho, de 21 anos, perdeu o rim esquerdo e um pedaço do intestino, e segue internado no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
Ao Metrópoles, a família informou que Matheus deve passar por uma nova cirurgia para restaurar o dano ao intestino, mas que o estado de saúde do jovem é estável.
De acordo com o CBMERJ, o militar teve suspensão imediata determinada pelo comandante-geral da corporação, coronel Leandro Monteiro, na terça-feira (10/5) e “responderá civilmente pelos seus atos na Justiça comum”.
O Corpo de Bombeiros disse ainda ter instaurado um inquérito na policial militar para apurar a conduta do militar e também abriu um conselho disciplinar.
Caso
Na madrugada de segunda-feira (9/5), Paulo César começou s discutir com o atendente por conta de um cupom de desconto.
Segundo testemunhas, ele havia apresentado o desconto apenas no final do pedido, e Matheus teria alertado que não poderia mais computar, já que a apresentação é necessária no início do procedimento.
O militar, então, saiu do carro, socou o trabalhador e entrou no estabelecimento armado. Matheus foi baleado na barriga.
Veja o momento em que Matheus é atingido:
⏯️ Vídeo mostra momento de tiro em atendente do McDonald’s após discussão.
Crime aconteceu no McDonald’s da Taquara, zona oeste do Rio, na madrugada desta segunda (9/5). Mateus Domingues, de 21 anos, segue internado.
Leia: https://t.co/HUV4VJfoPT pic.twitter.com/YIoStlPtbf
— Metrópoles (@Metropoles) May 9, 2022
Ainda na segunda-feira (9/5), a Justiça negou o pedido de prisão do atirador. Na decisão, a juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz diz que a prisão temporária é “medida excepcionalíssima, devendo ser usada apenas quando houver elementos concretos de autoria”.
O advogado do militar, Sandro Figueiredo, afirmou que o disparo de seu cliente foi “acidental” e que “se ele quisesse atirar, se tivesse intenção de matar, ele já entrava no estabelecimento atirando”.
Informações apuradas pelo Metrópoles indicam que Paulo César tem outras passagens pela polícia. Em 2012, por lesão corporal e ameaça contra uma mulher. E em 2018, por violação de domicílio e invasão de um terreno.
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