RJ: “bonde de milicianos” e PRF se enfrentam com 15 presos e 6 feridos
Tiroteio aconteceu no fim da madrugada desta quinta (7/3), no RJ. Seis integrantes do “bonde de milicianos” ficaram feridos no confronto
atualizado
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Um tiroteio entre um “bonde de milicianos” e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deixou seis bandidos feridos e 15 presos, no fim da madrugada desta quinta-feira (7/3), por volta das 4h. O confronto aconteceu na Avenida Brasil, em Campo Grande, zona oeste do Rio.
Os agentes trocaram tiros com 16 milicianos da quadrilha de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, na altura do viaduto Engenheiro Oscar de Brito. Os bandidos passavam pela rodovia em quatro carros quando foram interceptados pela polícia. Apenas um dos criminosos conseguiu fugir.
Segundo a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), os criminosos eram monitorados há alguns meses e, após informações do setor de inteligência da Polícia Civil, os agentes conseguiram interceptar o bonde.
“Bonde de milicianos” com armas e coletes da PM
Foram apreendidos armas e coletes da Polícia Militar com os milicianos. Os feridos foram levados para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Segundo a corporação, foi apreendido um arsenal de guerra com 12 fuzis, sete pistolas, dezenas de carregadores e centenas de munições.
Uma das pistas da Avenida Brasil ficou interditada, sentido zona oeste, para o trabalho da perícia. Vídeos postados em redes sociais mostram motoristas parados no trecho onde houve o tiroteio. Eles registraram a intensa movimentação no local e muitos motoristas, apavorados com os tiros, deixando seus carros.
A ação foi realizada após um trabalho conjunto entre agentes da PRF, Draco e Polícia Militar.
Miliciano Zinho
A milícia Bonde do Zinho, que atua na zona oeste do Rio de Janeiro, foi alvo de operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na semana passada. De acordo com a corporação, o grupo teria movimentado R$ 135 milhões nos últimos sete anos.
Entre os alvos da operação, estão nove pessoas diretamente ligadas ao miliciano Zinho, que está preso desde o dia 24 de dezembro do ano passado, e empresas de telefonia e terraplanagem.
Luíz Antônio da Silva Braga, o Zinho, de 44 anos, está preso desde o dia 24 de dezembro de 2023, quando se entregou à Polícia Federal (PF). Ele é considerado o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.
Zinho se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE-PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gise/PF), na superintendência regional da corporação. Depois, acabou transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, prisão de segurança máxima na zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, foi o Bonde do Zinho realizou uma série de ataques no Rio de Janeiro em outubro do ano passado, com a queima de mais de 30 ônibus e um trem.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado informou que Zinho era considerado “inimigo número um” do Rio de Janeiro e que comandava uma “máfia” que “parou” a zona oeste da Cidade.