RJ: concessionária decide devolver o aeroporto do Galeão
Entre argumentos utilizados, companhia cita impactos da crise econômica e da Covid-19 no setor da aviação
atualizado
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Citando os impactos da crise econômica e da Covid-19 sobre o setor da aviação, a concessionária RIOGaleão anunciou nesta quinta-feira (10/2), que pediu a devolução do aeroporto internacional Tom Jobim – o Galeão, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O prazo do contrato iria até 2039.
O aeroporto foi concedido a iniciativa privada em 2013. À época, o lance feito pelo consórcio, que incluía a Odebrecht, foi de R$ 19 milhões.
Com 51% das ações, a RIOGaleão é controlada pela Changai Airports, de Singapura. A Infraero detém os 49% restantes. Apesar do pedido, a concessionária informou que continuará operando o terminal até que um novo operador seja definido pelo governo federal. O que deve ocorrer por meio de leilão.
Em nota, a concessionária declarou que honrará os compromissos. “O RIOGaleão continuará mantendo os padrões de segurança e qualidade na operação aeroportuária e honrará os compromissos e contratos com seus funcionários, credores, lojistas e fornecedores ao longe de todo o processo de relicitação.”
A devolução ocorre próxima à última rodada de leilões de aeroportos, do governo federal, prevista para este semestre.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que o Galeão enfrenta mais dificuldades para retomar as operações pré-pandemia, em comparação com o aeroporto Santos Dumont, localizado no centro da capital do Rio.