RJ: comissão da Câmara aprova instauração de cassação de Dr. Jairinho
A Comissão de Justiça e Redação abriu caminho para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar escolher nesta terça-feira relator do processo
atualizado
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Rio de Janeiro – A Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro deu parecer favorável para a instauração do processo de cassação do médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho (sem partido), nesta segunda-feira (3/5).
A aprovação do procedimento, por unanimidade, era o último passo para abertura do primeiro caso de cassação da história pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do parlamento carioca. Padrasto do menino Henry Borel, de 4 anos, ele e a mãe Monique Medeiros estão presos temporária por 30 dias, desde 8 de abril, por suspeita de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões de testemunhas.
Nesta terça-feira (4/5), os sete membros do Conselho se reúnem, às 18h30, para o sorteio do relator do caso. A votação final sobre perda de mandato será feita em plenário, com votação aberta. São necessários os votos de 34 dos 51 parlamentares para a cassação. O prazo é estimado em 70 dias.
Jairinho e Monique alegaram acidente doméstico, mas laudo apontou 23 lesões por agressões no corpo do menino. Em 19 de abril, o vereador foi afastado da presidência da Comissão de Justiça e Redação, que avalia juridicamente todos os projetos. Ele foi substituído por Inaldo Silva (Republicanos).
Caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente.
Monique e Jairinho negaram qualquer violência. Mas a babá Thayna de Oliveira Ferreira revelou que Monique sabia das agressões desde 12 de fevereiro. Já na cadeia, em carta, Monique alega que também era ameaçada por Jairinho.
O casal esta preso por 30 dias, desde 8 de abril, por ordem da Justiça. Para pai de Henry, Jairinho é um assassino.